Nos dois últimos anos, a presença de produtos americanos importados tem aumentado nas gôndolas de supermercados e nos cardápios de restaurantes brasileiros, garante o cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Ricardo Zuniga.
Ainda assim, a demanda pelo consumo é muito maior e há cada vez mais interesse de empresas americanas em começarem a fazer negócios no Brasil.
“Vemos oportunidades em vários segmentos do agronegócio, especialmente no setor de carnes”, diz Zuniga, durante evento na maior feira de supermercado do mundo, a Apas, que acontece nesta semana na capital paulista.
De acordo com o cônsul, há cinco anos companhias de processamento de carnes se preparavam para começar as importações para o Brasil. As primeiras vendas, no entanto, começaram há 18 meses, pela operação americana da JBS.
Hoje, além da JBS EUA, seis empresas já fornecem ao mercado brasileiro, entre elas a Creekstone, Tysons e Quirch.
Elas exportam para o país principalmente partes dos animais que não têm tanta saída no mercado americano, como picanha, maminha e fígado. E acabam importando outros cortes que são mais consumidos por lá.
“Mas é importante lembrar que a maneira como o gado é alimentado nos Estados Unidos, com milho, concede mais maciez e menos gordura à carne, que tem um sabor diferente”, afirma Clay Hamilton, ministro conselheiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
A alta da moeda americana frente à moeda brasileira e o otimismo com a retomada da economia do país estão entre os motivos que têm atraído investidores americanos para o Brasil.
Em 2017, os Estados Unidos exportaram cerca de R$ 5,1 bilhões em produtos agroindustriais para o Brasil, desde commodities a produtos para o consumidor final. Bebidas e alimentos vindos do mercado americano representaram R$ 870 milhões em vendas, com itens que incluem vinhos, chocolates, cervejas e produtos lácteos.
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