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A ação ocorreu durante a semana passada inteira em cinco cidades paranaenses: Curitiba, Cascavel, Ponta Grossa, Londrina e Maringá. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
A ação ocorreu durante a semana passada inteira em cinco cidades paranaenses: Curitiba, Cascavel, Ponta Grossa, Londrina e Maringá.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Cerca de duas toneladas de feijão foram apreendidas em dois supermercados de Londrina, no norte do estado. O motivo: insetos vivos dentro das embalagens.

A ação ocorreu durante a semana passada inteira em mercados de cinco cidades paranaenses (Curitiba, Cascavel, Ponta Grossa, Londrina e Maringá) e fez parte da operação Conformidade 2, do serviço especializado da Superintendência Federal Agropecuária do Paraná (Sipov /SFA-PR).

O objetivo foi checar a qualidade dos produtos de origem vegetal, como as condições físicas em que se encontram e se estão de acordo com a embalagem. O curioso é que o foco desta fase da operação, em especial, era a farinha de trigo, mas, durante as vistorias, os fiscais acabaram encontrando os pacotes de feijão com insetos no depósito dos mercados.

“Como os profissionais estão dentro do mercado, verificando os estoques, não podem fechar os olhos para outras irregularidades”, afirma o chefe do Sipov/SFA-PR, Glauco Bertoldo. “A equipe percebeu que estavam com insetos vivos. Nós apreendemos o produto, como medida cautelar. Isso foi possível somente pela presença deles. São insetos de armazenagem, não quer dizer que seja problema de higiene, e sim de armazenagem. Ainda assim, tem que ter todo o cuidado”

Segundo Bertoldo, as empresas foram autuadas e têm direito à defesa. Todo o processo, até o julgamento, deve levar entre dois e três meses. A multa, nestes casos, pode variar de R$ 3 mil a R$ 150 mil, dependendo do tamanho do lote.

Mesmo com o feijão tendo “roubado a cena”, os fiscais também recolheram amostras de farinha de trigo, conforme o plano inicial.

“Na farinha de trigo, não pegamos nenhum problema aparente, mas ela vai ser analisada”, salienta o chefe do Sipov /SFA-PR. “O resultado deve sair até fevereiro. A amostras são enviadas a laboratórios próprios do Ministério [da Agricultura] em Belém (PA) e em Goiânia (GO). É um trabalho completo, com testes de DNA, para ver se tem mistura, pegar qualquer tipo de problema. Enquanto isso os produtos continuam disponíveis.”

Operações

A iniciativa teve início em julho deste ano, com a operação Conformidade 1. Foram colhidas 87 amostras de milho pipoca, canjica de milho, amendoim, ervilha e lentilha. As embalagens de amendoim estavam fora do padrão exigido e foram detectados problemas na qualidade da ervilha. A segunda etapa da iniciativa batizada de Prosit ocorreu em outubro e teve foco no rótulo das cervejas importadas e comercializadas no Paraná. Foram recolhidas 124 amostras, de 24 importadoras em 18 estabelecimentos comerciais. Todas as amostras apresentaram problemas na rotulagem. “As empresas serão autuadas e convocaremos os importadores para orientá-los sobre os problemas encontrados”, explica a auditora fiscal agropecuária Claudia Hirt dos Santos, também do Sipov-PR.

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