As ações da JBS caíram 3,95%, indo a R$ 8,50, na segunda (18). A empresa perdeu quase R$ 1 bilhão em valor de mercado. Encerrou o pregão valendo R$ 23,194 bilhões, contra R$ 24,149 bilhões na sexta (15). É uma diferença de R$ 955 milhões.
Desde que o vazamento da delação de Joesley Batista veio à tona, em 17 de maio, a empresa já perdeu R$ 2,73 bilhões em valor de mercado.
A queda ocorreu após o conselho de administração da empresa apontar o fundador da empresa, José Batista Sobrinho, conhecido como Zé Mineiro, para o cargo de diretor-executivo da companhia, em substituição a Wesley Batista, preso na última quarta-feira (13).
O mercado esperava que, com a saída de Wesley, a empresa tivesse uma gestão mais profissional e menos ligada à família Batista, envolvida em escândalos desde o vazamento da delação de Joesley, em maio.
Reestruturação
Em fato relevante divulgado ao mercado, a JBS anunciou uma reestruturação no comando. Criou o cargo de COO (Chief Operating Officer) Global, que foi assumido pelo executivo Gilberto Tomazoni. Wesley Batista Filho, neto do fundador, foi designado para assumir como presidente das operações da JBS na América do Sul, reportando-se a Tomazoni.
O executivo André Nogueira permaneceu como presidente da JBS USA, função que já ocupa desde 2012 e que inclui o comando de todas as operações na América do Norte e na Austrália. Nogueira também se reportará a Tomazoni
No comunicado, José Batista Sobrinho argumenta que “a criação do cargo de COO e a nova estrutura de gestão possibilitará a entrega de resultados cada vez mais robustos” A percepção é que a nova estrutura foi organizada para acalmar o mercado.
“As ações da JBS continuam com muito volatilidade, oscilando conforme as notícias”, afirma Marco Saravalle, analista da XP Investimentos. Para analistas, as perspectivas para a empresa não são favoráveis, considerando que ela tem vendido ativos para tentar diminuir seu endividamento, enquanto novos escândalos continuam turvando o cenário.
“É uma ação bastante volátil e é difícil pensar no longo prazo em uma empresa mergulhada nesse turbilhão, que está se desfazendo de ativos e que tem um acordo de delação de dois executivos sendo revisado”, afirma Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos.
O nome de Zé Mineiro foi aprovado por unanimidade no colegiado, mas gerou insatisfação no BNDES.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As ações da JBS caíram 3,95%, indo a R$ 8,50, na segunda (18). A empresa perdeu quase R$ 1 bilhão em valor de mercado. Encerrou o pregão valendo R$ 23,194 bilhões, contra R$ 24,149 bilhões na sexta (15). É uma diferença de R$ 955 milhões.
Desde que o vazamento da delação de Joesley Batista veio à tona, em 17 de maio, a empresa já perdeu R$ 2,73 bilhões em valor de mercado
A queda ocorreu após o conselho de administração da empresa apontar o fundador da empresa, José Batista Sobrinho, conhecido como Zé Mineiro, para o cargo de diretor-executivo da companhia, em substituição a Wesley Batista, preso na última quarta-feira (13).
O mercado esperava que, com a saída de Wesley, a empresa tivesse uma gestão mais profissional e menos ligada à família Batista, envolvida em escândalos desde o vazamento da delação de Joesley, em maio.
Reestruturação
Em fato relevante divulgado ao mercado, a JBS anunciou uma reestruturação no comando. Criou o cargo de COO (Chief Operating Officer) Global, que foi assumido pelo executivo Gilberto Tomazoni.
Wesley Batista Filho, neto do fundador, foi designado para assumir como presidente das operações da JBS na América do Sul, reportando-se a Tomazoni.
O executivo André Nogueira permaneceu como presidente da JBS USA, função que já ocupa desde 2012 e que inclui o comando de todas as operações na América do Norte e na Austrália. Nogueira também se reportará a Tomazoni
No comunicado, José Batista Sobrinho argumenta que “a criação do cargo de COO e a nova estrutura de gestão possibilitará a entrega de resultados cada vez mais robustos” A percepção é que a nova estrutura foi organizada para acalmar o mercado.
“As ações da JBS continuam com muito volatilidade, oscilando conforme as notícias”, afirma Marco Saravalle, analista da XP Investimentos. Para analistas, as perspectivas para a empresa não são favoráveis, considerando que ela tem vendido ativos para tentar diminuir seu endividamento, enquanto novos escândalos continuam turvando o cenário.
“É uma ação bastante volátil e é difícil pensar no longo prazo em uma empresa mergulhada nesse turbilhão, que está se desfazendo de ativos e que tem um acordo de delação de dois executivos sendo revisado”, afirma Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos.
O nome de Zé Mineiro foi aprovado por unanimidade no colegiado, mas gerou insatisfação no BNDES.
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