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Pensando em praia?

Pode respirar aliviado: ostras paranaenses estão livres da toxina paralisante

Segundo a Adapar, ostras, mexilhões, vieiras e berbigões vindos do litoral paranaense não têm restrições de consumo e o comércio está liberado pela Vigilância Sanitária estadual. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Segundo a Adapar, ostras, mexilhões, vieiras e berbigões vindos do litoral paranaense não têm restrições de consumo e o comércio está liberado pela Vigilância Sanitária estadual. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Se em Santa Catarina, maior produtor nacional, a presença de toxina paralisante (PSP) faz com que algumas áreas permaneçam interditadas para cultivo, venda e consumo de moluscos, no Paraná os pratos à base destes frutos do mar continuam em alta, com direito até a festival de ostras no litoral. E sem restrição.

Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), amostras de ostras e água do mar foram coletadas entre 20 e 27 de outubro ao longo das baías de Guaratuba, Paranaguá e Guaraqueçaba, mas em todas as análises não foi verificada a presença da toxina paralisante ou a existência das algas que a produzem.

Os resultados vieram após uma série de testes no Laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros, em Itajaí (SC), e ao Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná, em Pontal do Paraná, no Litoral do Estado.

A Adapar afirma, ainda, que ostras, mexilhões, vieiras e berbigões vindos do litoral paranaense não têm restrições de consumo e o comércio está liberado pela Vigilância Sanitária estadual.

Em nota, a agência esclarece que “a vigilância continuará sendo realizada com o apoio das instituições como o Centro de Estudos do Mar e do Instituto Federal de Santa Catarina/IFSC responsável pelo LAQUA e também com o Serviço de Vigilância da Secretaria de Estado da Saúde.”

SC ainda tem 10 localidades interditadas

No dia 19 de outubro, o cultivo de moluscos foi interditado em toda a costa catarinense, após a detecção da toxina paralisante em cultivos de Porto Belo. O estado é o maior produtor do Brasil, respondendo por 95% da produção nacional.

De acordo com o gerente de pesca e aquicultura do estado, Sérgio Winckler da Costa, a medida foi tomada de forma preventiva, já que Santa Catarina nunca havia tido casos de PSP com este tipo específico de alga. “Uma semana depois, liberamos algumas áreas onde a toxina não tinha sido detectada e começamos a intensificar as análises nas áreas remanescentes”, esclarece. “A gente libera uma localidade após duas análises negativas para esses microrganismos, num prazo de 48 horas.”

Atualmente, são dez localidades interditadas em quatro municípios, mas o gerente diz que a tendência é de que até a próxima semana todos os cultivos sejam liberados. Winckler acrescenta que a venda e consumo são proibidos apenas para produtos coletados nestas regiões, mas restaurantes podem comercializar moluscos normalmente desde que apresentem os certificados de origem de localidades sem interdição: “a fiscalização é por conta das vigilâncias sanitárias. O estabelecimento tem que ter os certificados, senão o produto é apreendido.”

Toxina

A ingestão de produtos contaminados pela PSP pode causar intoxicação alimentar, com diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades do corpo ou paralisia generalizada e até a morte em casos graves.

Na presença desses sintomas, o recomendado é procurar o serviço de saúde mais próximo e informar que teve contato com os alimentos. Para os profissionais de saúde que atenderem esses pacientes, a orientação é de notificar imediatamente o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Paraná (CIEVS/PR). A notificação deve ser feita pelo telefone de plantão (41) 9 9117 3500.

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