Os representantes da bovinocultura do Paraná estão sendo mobilizados para audiência pública marcada para segunda-feira (11), às 9 horas, na Assembleia Legislativa, em Curitiba. A pecuária quer cercar todos os lados da suspensão da vacinação do gado contra a aftosa.
Em plena etapa de vacinação -- que segue até 31 de maio e abrange animais de até 24 meses --, o governo do estado cogita suspender as próximas campanhas para que o estado alcance status de área livre da doença sem uso do medicamento. Porém, o setor teme que, se a vacina for proibida a partir de novembro, o rebanho fique desprotegido.
Serão debatidos na audiência aspectos como os efeitos práticos da contratação de 169 técnicos para a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) anunciada nesta quinta-feira (7). O setor vai avaliar ainda se o controle no trânsito de animais nas divisas com estados vizinhos será suficiente.
O nome da audiência sugere suspensão da vacina: “Paraná Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação”. O encontro foi proposto pelo deputado Anibelli Neto (PMDB), líder do Bloco Parlamentar da Agricultura Familiar e membro da Comissão de Agricultura.
Os deputados querem reunir representantes dos sindicatos rurais, das sociedades rurais e de categorias como veterinários, agrônomos, técnicos agrícolas, especialistas em mercado. A suinocultura e a avicultura também devem enviar porta-vozes. O debate busca ainda a posição de frigoríficos e da indústria de vacinas.
A suspensão da vacina traz uma série de implicações que vão além da possibilidade de a carne da região ganhar novo status no mercado internacional. Feiras agropecuárias, por exemplo, ficam proibidas de receber animais vacinados ou de regiões que não tenham a mesma condição sanitária. Hoje, só Santa Catarina é livre de aftosa sem vacinação no Brasil.
Serviço:
Audiência pública “Paraná Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação”
Dia 11, segunda-feira, 9 horas
Plenarinho da Assembleia Legislativa. Centro Cívico, Curitiba
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