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BNDES libera linha de R$ 1,5 bilhão para recuperar setores de suínos e frangos

Linha de crédito terá juros finais de 10 % a 11% ao ano | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Linha de crédito terá juros finais de 10 % a 11% ao ano (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, anunciou nesta terça-feira, 3, a liberação de uma linha de R$ 1,5 bilhão de capital de giro para o setor de produção de carne suína e frango. O setor de proteína animal, principalmente frango e suínos, foi bastante afetado pela greve dos caminhoneiros, no final de maio, que travou o abastecimento de produtos no País, prejudicando a cadeia produtiva. Segundo Oliveira, as empresas desses setores precisam neste momento de repor estoques, repor animais, por isso, a disponibilização da linha.

O anúncio foi feito no Palácio do Planalto, após reunião com o presidente Michel Temer. A nova linha terá prazo de pagamento de 60 meses, incluindo 24 meses de carência, informou Dyogo Oliveira. A taxa de juros será TLP mais o spread de risco e o spread básico do banco que varia conforme a empresa, o que deve chegar ao tomador final em torno de 10% a 11% ao ano.

Segundo o presidente do BNDES, a linha já está disponível e as empresas podem entrar diretamente no banco e através de seus agentes financeiros para solicitar a operação.

O presidente do BNDES disse que a orientação de Temer é dar força ao projeto de transformação estratégica que está sendo implementado pelo banco de fomento e inclui 12 projetos, que deverão ser concluídos até o final do ano, que vão desde a organização interna do banco até a captação de recursos para a continuidade das atividades do banco. “Estamos implementando (a transformação estratégica do BNDES) com o objetivo de fazer a transição do BNDES da história de ser um banco monopolista de taxas de juros muito baixas, subsidiadas, para um banco que vai ter mais disponibilização de recursos para pequenas e médias empresas e mais foco na área de infraestrutura”, disse Dyogo Oliveira.

Essa transformação estratégica inclui uma menor dependência de recursos do Tesouro Nacional. Para Dyogo Oliveira, trata-se de “uma página virada da história” o banco oferecer taxas com juros subsidiados. “Então é preciso que o banco se modernize e vire a página deixando para trás uma história que era baseada na distribuição de juros baixos com taxas subsidiadas pelo governo e que, inclusive, foram objetos de críticas”, completou. Segundo ele, há uma preocupação de adequar o funding do BNDES à nova realidade do País.

Dyogo Oliveira lembrou que o BNDES é o principal financiador do investimento de longo prazo do Brasil, que tem função estratégica de apoiar os setores portadores de futuro, setores que agregam valor, que trazem novas tecnologias.

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