O Chile retirou neste sábado o veto às importações de carne do Brasil e manteve a medida para 21 frigoríficos após o escândalo que revelou que grandes exportadores corrompiam funcionários públicos para certificar a carne avariada como própria para consumo.
O anúncio foi feito pelo Serviço Agrícola de Pecuária (SAG, na sigla em espanhol), que havia adotado o veto à carne brasileira na segunda-feira passada.
O SAG informa em um comunicado que “decidiu modificar a restrição de importação à carne brasileira, mantendo por precaução a suspensão das importações de carne bovina, suína e de ave a apenas 21 estabelecimentos que se viram envolvidos na rede de corrupção”.
A medida foi adotada após a viagem ao Brasil de inspetores do SAG para verificar a condição sanitária dos principais frigoríficos que exportam carnes para o Chile.
Após a decisão do Chile na segunda-feira de fechar completamente o seu mercado, o ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, advertiu que o país poderia ter uma “reação forte”, com possíveis represálias a produtos chilenos.
O Brasil é o segundo maior fornecedor de carne para o Chile com 37.000 toneladas anuais, superado apenas perlo Paraguai, com 39.000 toneladas, segundo o governo chileno.
Em novembro, o Ministério da Saúde do Chile emitiu um alerta para a possível contaminação com parasitose de carne importada do Brasil, cuja venda e distribuição foi proibida.
O alerta foi retirado uma semana depois.
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