Segundo ABPA, 77% do frango in natura importado pelo Japão saem do Brasil. Já a participação da carne suína, por enquanto, não chega a 1%.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Nada de cantor famoso, astro de cinema ou ídolo do esporte. O Brasil está apostando mesmo é no frango como “garoto-propaganda” para aumentar as exportações de carne suína para o Japão. A ideia é usar a publicidade e a fama do frango brasileiro por lá em anúncios criados especialmente para o público japonês.

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Aproximadamente 77% de todas as aves in natura importadas pelos orientais saem do Brasil. Por outro lado, o Japão – que é o maior importador de carne suína do mundo, com 1,27 milhão de toneladas por ano – abriu as portas para os suínos brasileiros somente em 2013 e, por enquanto, a nossa participação é de apenas 0,17% e vem oscilando bastante.

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“Já estamos na mesa do consumidor japonês e é isto o que esta ação quer informar, valorizando a marca setorial de aves e, com isto, influenciando também os negócios com carne suína made in Brazil”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), uma das responsáveis pela nova campanha de marketing, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

A estratégia foi dividida em duas frentes: “Brazilian Chicken: levando qualidade para as famílias japonesas desde 1980” e “Brazilian Pork: qualidade e sustentabilidade na sua mesa e em mais de 70 países”. As mensagens serão divulgadas em 314 telas digitais de taxis, 32 telas digitais do Narita Express (trem que faz o transporte de passageiros da área urbana de Tóquio para o Aeroporto Internacional de Narita), 128 telas digitais no trem-bala que conecta o aeroporto ao centro da capital japonesa, além de telas instaladas nos aeroportos Narita e Haneda.

“Os pontos escolhidos são áreas de grande circulação de pessoas com os mais variados perfis de consumo, com ampla visibilidade. Temos um laço de décadas com este mercado na carne de frango, um trunfo que queremos ampliar para os embarques de carne suína. Nossa expectativa é que a capilaridade das mídias escolhidas ajude a fortalecer ainda mais nossa imagem neste que é um dos mais exigentes mercados do mundo”, destaca Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.