Paraná perde bonde como área livre de peste suína clássica

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O Paraná tentou, mas não conseguiu conquistar o status internacional de área livre da peste suína clássica junto com Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os dois estados sulistas receberam o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) na última terça-feira (24), mas sem a inclusão do rebanho paranaense. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) tentou articular a aprovação do estado já neste momento, mas não obteve êxito. Em julho do ano passado o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques alertava para o prazo curto e as grandes exigências internacionais que precisariam ser cumpridas. O presidente da Adapar, Inácio Kroetz, achava que era possível vencer os obstáculos e acelerar o processo de aprovação.

Kroetz admite que o tempo acabou sendo curto para preparar toda a documentação e fazer os ajustes necessários. O estado precisa passar por uma auditoria e realizar ajustes nas barreiras sanitárias, especialmente nas divisas do Norte e Oeste, indica. "Decidimos esperar por segurança. Não se deve pleitear esse reconhecimento sem a garantia de que a auditoria será favorável", aponta. O estado não registra nenhum caso de peste suína clássica há 21 anos, então o atraso não deve ser problemático, argumenta. "O próprio Mapa sinalizou que somos o estado mais próximo de receber a certificação. Em termos de mercado isso não gera consequências."

Também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, a doença não se manifesta no Brasil desde 2009. O próprio Mapa já certificou 15 estados -- incluindo o Paraná – como áreas livres do problema. Entretanto os critérios internacionais são considerados mais rígidos. O estado se junta a um grupo de outras 13 unidades de federação que tentam receber a mesma certificação da OIE, programada para sair até maio de 2016. São eles: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Rondônia, Acre e Distrito Federal.