Os preços do milho dispararam no atacado e pressionaram o resultado do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de fevereiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador, que subiu 1,55% neste mês, também foi afetado por aumentos nos bens de consumo não duráveis e por materiais e componentes para a manufatura. No mês passado, o IGP-10 havia avançado 0,69%.
A alta do milho atingiu 20,01% no âmbito do IGP-10 de fevereiro, ante um avanço de 4,90% registrado em janeiro. A matéria-prima exerceu a principal influência positiva sobre o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que acelerou de 0,63% para 1,69% na passagem do mês.
Com isso, a categoria de matérias-primas brutas registrou alta de 1,96% em fevereiro, após aumento de 0,36% em janeiro. Também contribuíram para este movimento os bovinos (-0,80% para 2,28%), o minério de ferro (-5,62% para -2,58%) e a cana-de-açúcar (1,71% para 3,97%). O avanço só não foi maior porque, no sentido contrário, trouxeram alívio os itens aves (-0,92% para -4,62%), leite in natura (1,26% para -0,27%) e laranja (1,14% para -4,44%).
Mas as matérias-primas não foram as únicas causadoras da aceleração neste mês. No índice de bens intermediários (0,21% para 1,34%), três dos cinco subgrupos ganharam força na passagem do mês. O destaque ficou com materiais e componentes para manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,35% para 1,98% no período.
Já entre os bens finais (1,27% para 1,83%), o principal responsável por este movimento foi o subgrupo bens de consumo não duráveis (exceto alimentação e combustíveis), cuja taxa passou de -0,37% para 2,12%.
No mesmo IGP-10, os preços ao consumidor experimentaram um aumento generalizado. Todas as oito classes de despesa ganharam força em relação às taxas de janeiro. Como resultado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,64% neste mês, em cima de uma variação já elevada, de 1,05%, em janeiro, segundo a FGV.
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