O complexo soja (grão, óleo e farelo) foi um dos grandes prejudicados pela queda de preços no exterior, causada pelo excesso de oferta e redução nas cotações internacionais.| Foto: ANDRE RODRIGUES/Gazeta do Povo

Depois de meia década de déficit, a balança comercial do Paraná voltou a registrar superávit em 2015, foram US$ 2,46 bilhões. Sozinho, o setor do agronegócio foi responsável por 78% dos embarques, com 22,45 milhões de toneladas, que geraram US$ 11,6 bilhões.

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No total, levando em consideração outros setores da economia, o estado exportou US$ 14,9 bilhões, valor 8,7% inferior ao alcançado em 2014 e o menor dos últimos cinco anos, de acordo com os dados do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Embora tenha exportado o maior volume da história, no campo, o valor também recuou e registrou uma perda 7,83% em relação ao ano anterior.

De acordo com dados da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), o bom desempenho do agronegócio nas exportações foi resultado da safra recorde e da desvalorização da moeda brasileira, o que tornou os produtos mais competitivos no mercado internacional. No entanto, o preço global das commodities, que caiu 19% ao longo de 2015, puxou o valor dos produtos agrícolas para baixo.

O complexo soja (grão, óleo e farelo) foi um dos grandes prejudicados pela queda de preços no exterior, causada pelo excesso de oferta e redução nas cotações internacionais. Em 2015, a soja paranaense teve um recuo de 10% no valor exportado.

Entre os produtos que acumularam alta nas vendas, o milho foi o que registrou maior aumento (6%) com US$ 617 milhões em embarques, ante US$ 580 milhões em 2014. Ao lado dele, com resultados positivos, aparecem frango e madeira.

Para este ano é esperada mais uma safra recorde de grãos e a estabilidade nos preços das commodities agrícolas, embora ainda pressionados. Outro diferencial deve vir no aumento dos volumes embarcados, principalmente da soja e açúcar.

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Os principais destinos dos produtos agrícolas paranaenses em 2015 foram China (27%), União Europeia (15%), Arábia Saudita (5%), Estados Unidos (4%) e Índia (4%).