Depois começar a semana perdendo o apoio da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), que representa os produtores rurais, a greve dos caminhoneiros também não conta mais com a simpatia dos trabalhadores rurais do estado.
Em nota oficial, a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares (FETAEP) informou ter retirado o apoio à paralisação dos caminhoneiros “por conta de seu prolongamento e dos grandes prejuízos causados aos agricultores familiares, especialmente aos produtores de leite, aves, suínos e aos hortifrutigranjeiros”.
Diante da perda maciça da produção de leite, frutas e verduras, e pela morte de animais em ponto de abate, “muitos agricultores familiares não poderão nem mesmo honrar com seus financiamentos bancários de custeio e investimento devido aos prejuízos”.
A FETAEP lembra que, até o momento, foi solidária à causa, mas que, após a obtenção de avanços – “ainda que não seja o ideal buscado pela categoria dos caminhoneiros” - considera que “seja o momento de retomar o abastecimento do país e desobstruir as rodovias.uma vez que buscava para o seu público o mesmo objetivo, que era a redução do valor do diesel – insumo altamente necessário para o exercício da atividade agrícola”.
Para a organização que representa os trabalhadores rurais, a paralisação tomou um rumo político-ideológico, com a “inserção de outros movimentos e bandeiras”. O pedido é para que os agricultores “retirem seu maquinário e liberem as rodovias”, diante do que considera uma situação insustentável.
Na nota, a diretoria da FETAEP ressalva que, se houver “normalização no transporte de produtos agrícolas, tanto de alimento para animais quanto para o escoamento da produção para os mercados, poderá manter seu apoio à paralisação dos caminhoneiros se entender necessário”.
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