Startups interessadas em desenvolver soluções tecnológicas com foco na chamada “internet das coisas” (IoT, na sigla em inglês) e voltadas ao agronegócio terão agora a oportunidade de colocar em prática suas ideias. As empresas vão poder se inscrever para participar do processo de desenvolvimento de aplicações de IoT, energia, hardware, inteligência artificial, machine learnig, SaaS, big data, cloud computing, E2E (end to end), entre outros conceitos avançados. As inscrições devem ser feitas no portal Pulse até o dia 14 de outubro.
A iniciativa Agro IoT Lab 2018 foi criada pelas empresas Vivo, Raízen e Ericsson, por meio da Wayra e do Pulse e em parceria com a EsalqTec, para incentivar e acelerar a transformação digital no agronegócio, colocando o campo em contato com soluções de ponta em um ecossistema de inovação. especialmente para levar soluções para as necessidades dos produtores.
Segundo as empresas, os projetos serão avaliados em duas etapas por uma equipe de especialistas formada por integrantes da Wayra - braço de empreendedorismo e inovação aberta da Vivo, - e do Pulse - hub de inovação da Raízen. Os dez selecionados terão acesso ao espaço compartilhado do Pulse, localizado em Piracicaba (SP), e a toda a infraestrutura de mentoria, workshops, networking e treinamentos aplicados ao agronegócio.
As empresas serão acompanhadas pela Wayra e poderão receber investimentos no futuro. A EsalqTec auxiliará os selecionados na facilitação acadêmica das tecnologias.
Sem sinal
Durante o 6º Fórum de Agricultura da América do Sul, que ocorreu em agosto em Curitiba, especialistas debateram os desafios do agronegócio brasileiro no campo da comunicação de dados, bastante desenvolvida no meio urbano mas pouco presente em áreas rurais, com ausência de sinal de telefone e internet banda larga.
O governo federal tem um plano para a implantação da “internet das coisas” e um dos setores beneficiados seria o agronegócio. Essa tecnologia ajudaria, por exemplo, no controle de irrigação, na operação de drones, no acompanhamento da distribuição de produtos e no monitoramento de máquinas e sensores. O plano, porém, ainda não saiu do papel.
Empresas do setor estudam algumas soluções para melhorar a comunicação no meio rural, entre elas a implantação de redes 5G e redes de telefonia móvel LTE (Long Term Evolution), bem mais baratas que as redes tradicionais do tipo, baseadas no 4G.