O carro elétrico da Tesla que se chocou contra um caminhão no estado americano da Flórida enquanto funcionava no modo Autopilot (“piloto automático”), que é semiautônomo, matando o motorista no seu interior, estava em excesso de velocidade no momento do impacto, revelou uma investigação preliminar na terça-feira (26).
A agência americana de segurança viária, a National Transportation Safety Board (NTSB), anunciou que os resultados preliminares da sua investigação mostraram que o veículo, um Model S da Tesla, estava viajando a 119 km/h antes do impacto, acima do limite de velocidade, de 105 km/h.
A NTSB observou, porém, que os investigadores ainda não completaram a análise dos dados sobre o acidente nem determinaram a causa da colisão fatal.
“Todos os aspectos do acidente permanecem sob investigação”, informou a agência em um comunicado.
No acidente fatal, que ocorreu em 7 de maio, nem o motorista nem o sistema semiautônomo conseguiram detectar a manobra de um caminhão que cruzou com o veículo, de modo que os freios não foram acionados.
A tragédia aumentou as preocupações sobre a segurança no setor de rápido crescimento da tecnologia de condução semiautônoma.
A NTSB disse que os recursos de assistência ao condutor estavam ativados, assim como o sistema de freio de emergência automático, concebido para evitar ou amortecer uma colisão frontal.
No início deste mês, a Tesla reconheceu o acidente e disse que os sensores do veículo falharam em detectar a lateral branca do caminhão, visto que esta refletia a luz do sol.
Alguns relatórios apontaram que o motorista podia estar assistindo a um DVD no momento do acidente, ignorando o aviso da Tesla para manter-se vigilante durante a utilização do sistema de direção semiautônomo.
A empresa disse que o sistema Autopilot, lançado no ano passado, não é um sistema totalmente autônomo e que os motoristas são alertados de que eles precisam estar ao volante e no controle.
O sistema da Tesla permite que o veículo mude automaticamente de pista, controle a velocidade e freie para evitar uma colisão. A função é ativada pelo condutor, e pode ser substituída por ele.
Os defensores dos veículos autônomos dizem que, apesar da fatalidade de maio, a tecnologia vai evitar uma alta porcentagem de acidentes que são atribuídos a erros humanos.
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Leia a matéria completaA maioria dos grandes fabricantes de automóveis também estão desenvolvendo ou prospectando carros autônomos.
No início do mês, a fabricante alemã BMW anunciou na sexta-feira (22) que vai unir esforços com a gigante americana de microprocessadores Intel e a empresa de tecnologia israelense Mobileye para produzir veículos totalmente automatizados em 2021.
A sul-coreana Kia se comprometeu a produzir um carro autônomo até 2020, a americana General Motors planeja testar essa tecnologia com a gigante do serviço de transporte compartilhado Lyft, e o Google já lançou e começou a testar seu protótipo de carro sem motorista.
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