Quem tal uma viagem ao passado de Monareta, Barra Forte, BMX ou Prosdócimo? Quem tem mais 30 anos já sabe o tipo de veículo a que me refiro. A bicicleta é o primeiro meio de transporte de qualquer pessoa e, muitas vezes, a acompanha ao longo da vida.
Alguns têm uma relação tão próxima com a ‘magrela’ que não se satisfazem em ter apenas uma. E de preferência quanto mais antiga, melhor. Acabam virando colecionadores. O carinho e o zelo deles por suas ‘bikes’ são os mesmos de quem mantém um acervo de veículos motorizados do passado.
VÍDEO: Confira as histórias dos colecionadores de bikes
Esses aficionados pela ‘zika’ ou ‘camelo’, como a bicicleta também é conhecida, vão expor parte de suas coleções neste sábado (21) em Curitiba. O local escolhido foi o tradicional ponto de encontro dos amantes do antigomobilismo: o Phoenix American Mex, no Tarumã (BR 116, número 6.000).
O evento, das 9h às 18h, é aberto a todos os donos de bicicleta, antigas ou novas, que quiserem participar da mostra ou apenas se dirigirem ao local com a sua bike. Haverá ainda a presença de lojas especializadas, comercializando peças novas e usadas.
A exposição contará com vários modelos, de diferentes épocas e marcas, como um exemplar de 1893, com rodas de madeira. Ou então uma Monark Tigrão, ícone dos anos de 1970, que se destacava pela dimensões distintas das rodas - a da frente era aro 14 e a de trás, aro 20.
“Era o suprassumo da época. Tinha um estilo cross e banco com santantônio”, explica o gerente comercial Osmar Empinotti, 52 anos, proprietário do modelo.
“Tenho de 60 a 70 bicicletas numa edícula em casa. Costumo levar algumas para exposições em Santa Catarina, onde há muitos encontros do gênero, e também em eventos de automóveis, como o de veículos antigos da Lapa”, diz o colecionador.
Monark Tigrão 1973
Ele ressalta que Curitiba não tem a tradição de realizar exposições de bicicletas, porém recentemente mostrou parte de seu acervo no Shopping Palladium por duas semanas e cerca de 30 mil pessoas prestigiaram, segundo o curitibano.
O gerente tem outras peças raras, como uma Hartog 1943, de fabricação holandesa, e até a Prosdócimo, vendida pela famosa loja de departamentos de mesmo nome. “A antiga HM também tinha a bicicleta Hermes Macedo”, conta.
Empinotti revela que há modelos da sua coleção que ultrapassam o valor R$ 10 mil. Para ele, a coleção é somente um hobby e nunca pensou explorá-lo comercialmente. “Eu sei a história de cada bicicleta. Como e de quem eu comprei, quanto paguei. O valor sentimental agregado é muito maior que o material”, destaca.
Caloi Cross
Não poderia faltar ao encontro a Caloi Cross, modelo esportivo que fez muito sucesso nos anos de 1980 com a garotada. O comerciante Omar Sharif Majid, 44 anos, levará cinco unidades da versão Extra Light, todas originais.
Na adolescência e juventude, o colecionador chegou a ser campeão paranaense por diversas vezes e vice-brasileiro em duas oportunidades na modalidade BMX – categoria precursora da Moutain Bike.
Seu fascínio por esse tipo de bicicleta teve inspiração no filme ET – o Extraterrestre. No longa, a turminha rodava a cidade com o amiguinho de outro planeta em cima de exemplares BMX. A célebre cena do voo da bicicleta com o ET de carona e a lua ao fundo ficou eternizada. “O marco zero da BMX no Brasil foi este filme”, garante o comerciante.
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