A DeLorean Motor Company original foi fundada em 1975 por John Zachary DeLorean, ex-funcionário da General Motors, que foi o criador do Pontiac GTO em 1969, o primeiro muscle car norte-americano. A fabricante nasceu na Irlanda do Norte e depois se transferiu para os Estados Unidos.
O projetista do DeLoren foi nada menos que Giorgetto Giugiaro, designer italiano que fez carros para a Audi, Ferrari, Maserati, Lotus, Bugatti, entre outras. O mítico modelo era feito de aço inoxidável, polido e sem pintura. O desenho era fenomenal, e as portas no estilo ‘asa de gaivota’ faziam o carro parecer realmente de outro tempo, ou de outro planeta. Talvez por esta razão o diretor Robert Zemeckis o tenha colocado no filme.
A linha de produção do DeLorean DMC-12 durou apenas dois anos - 1981 e 1982, com pouco mais de 9,2 mil unidades vendidas - uma delas pertence ao acervo de carros antigos do empresário Cláudio Petricoski, de Pato Branco.
A mecânica trazia um motor central de origem franco-sueca. Um PRV (Peugeot, Renault e Volvo) de seis cilindros em V e 2,8 litros, que trazia injeção de combustível, novidade na época. O DMC-12 não era um foguete, seu desempenho era mediano, com 132 cv para atender os limites de emissões nos EUA.
DeLorean será relançado em 2017 e terá o dobro de potência
DMC usará motor com pelo menos 250 cv e produzirá 50 unidades ao ano, com preço próximo a US$ 100 mil (R$ 340 mil)
Leia a matéria completaO carro era até muito caro para o que era oferecido. Custava 25% a mais que o Corvette e o Porsche 924 Turbo — todos eles mais rápidos que o DMC-12. O preço cobrado era cerca de US$ 12 mil, alto para os padrões da época. Quase no fim de sua produção, o valor já estava em US$ 25 mil, devido ao custo elevado de produção e ao enorme prejuízo enfrentado pela empresa.
A fabricante independente acabou falindo. Três anos após a aposentadoria, o veículo apareceria transportando no tempo o jovem Marty McFly (personagem vivido por Michael J. Fox) e o cientista Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd) no primeiro ‘De volta para o futuro’ (1985).
A ironia deste automóvel, cujo idealizador o chamou de ‘ético’, é que foram usados alguns meios nada legais para salvar a companhia da falência. John Z. DeLorean, inclusive, foi acusado, julgado e preso por tráfico de drogas, sendo absolvido em 1984. Ele morreu em 2005, aos 80 anos.
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