Com a chegada do Mobi e a sobrevivência do Palio, que ainda faz a alegria dos frotistas, o Uno deixou de ser a opção de entrada da Fiat. E a linha 2017 do hatch consolida esse novo patamar adotado pelo carro.
Ele estreia motores mais modernos, o 1.0 de 3 cilindros e o 1.3 de quatro cilindros, adota direção elétrica em toda a linha e, principalmente, passa a oferecer controles de estabilidade (ESC) e de tração (TC). O sistema vem de série no propulsor 1.3 equipado com câmbio automatizado Dualogic e como opcional nos demais , inclusive no motor 1.0.
As mudanças sinalizam que o veterano carro ainda terá vida longa no portfólio da montadora.
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Com as novidades, é claro que a tabela de preços acabaria alterada para cima. O Uno parte agora de R$ 41.840 na versão Attractive 1.0, ou R$ 1.990 a mais do valor cobrado na linha anterior (R$ 39.850). Já a topo de linha Sporting 1.3 Dualogic sai por R$ 53.690, contra R$ 49.250 do antecessor, diferença de quase R$ 4,5 mil que seria justificada, especialmente, pela evolução no quesito de segurança.
A versão Evolution, que trazia como diferencial o sistema strat-stop, além do câmbio Dualogic por botões no console, sai do catálogo. Mas os equipamentos estão disponíveis em outras configurações.
Potência e consumo
A Fiat demorou um pouco para entrar na tecnologia tricilíndrica. Concorrentes da Volkswagen (up! e Gol), Hyundai (HB20), Ford (Ka) e Nissan (March) já utilizam no bloco menor. E também trabalhou num projeto distinto dos rivais, que adotam cabeçote de 12 válvulas em seus 1.0.
A montadora, por sua vez, produz em Betim (MG) o 1.0 com apenas seis válvulas. O 1.3 repete também as duas válvulas por cilindro. A nova família foi batizada de Firefly (vagalume, em inglês).
Vale destacar que mais válvulas se traduz na maior entrega de potência. O 1.0 de três cilindros do Uno rende 77/ 72 cv (etanol/gasolina), números inferiores aos da concorrência. O up! e o Ka, por exemplo, desenvolvem 82 e 85 cv, respectivamente, com etanol.
No entanto, a Fiat compensou essa perda com uma taxa de compressão de 13,2:1, a maior entre os modelos 1.0. Essa relação pode ser aproveitada principalmente com álcool no tanque. O torque também é superior: são 10,9/ 10,4 kgfm (e/g). No up! são 10,4 kgfm e no Ka, 10,7 kgfm.
Já o 1.3 alcança 109/ 101 cv e 14,2/ 13,7 kgfm (e/g), bem acima dos 88/ 85 cv e 12,5/ 12,4 kgfm do antigo 1.4. Os novos motores dividem a mesma base, feita em bloco de alumínio, e no ano que vem migram para o subcompacto Mobi.
A medição do Inmetro classificou com nota ‘A’ o motor 1.0 de 3 cilindros e câmbio manual, usando a versão Attractive para a avaliação. Pelo Programa Brasileira de Etiquetagem, a média aferida foi de 9,2 km/l/ 13,1 km/l na cidade e 10,4 km/l/ 15,1 km/l na estrada (etanol/ gasolina).
O propulsor 1.3 ganhou a mesma classificação, com a configuração Sporting servindo de ‘cobaia’, que registrou um desempenho levemente abaixo: 9,2 km/l/ 12,9 km/l no ciclo urbano e 10,1 km/l/ 14 km/l no rodoviário.
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A presença da tecnologia start-stop - que desliga o veículo em paradas rápidas - na motorização mais forte e a troca da direção hidráulica pela elétrica em toda a linha ajudaram a obter a nota máxima, além de favorecer o conforto ao volante.
A assistência elétrica vem acompanhada da função City, ativada por meio de um botão no painel, que promete 50% mais de leveza em manobras de estacionamento.
Segurança
A linha 2017 do Uno evolui também na segurança. A presença de controles de tração e de estabilidade, que atuam no motor e freio, evita que condutor perca o a direção do carro em curvas ou desvios de trajetória, principalmente em pisos molhados.
Entre os concorrentes diretos, apenas o Ford Ka também vem com o sistema, que passará a ser obrigatório em todos modelos novos a partir de 2020. E assim como o rival, o Uno também disponibiliza o assistente de partida em rampas (Hill Holder) e sistema antideslizamento (ASR) - que permite arrancar ou acelerar em pisos escorregadios ou molhados, evitando que as rodas patinem.
Visual atualizado
A geração atual do Uno chegou ao mercado em 2010 e em 2014 recebeu a primeira reestilização, bastante profunda, que mudou a cara do compacto. Desta vez, a reestilização foi sutil e praticamente se concentra na frente.
Deixam de existir a trinca de retângulos vazados perfilados em pé no lado esquerdo da grade. A peça retoma a abertura convencional, com barras horizontais. Logo abaixo aparecem três entradas de ar centrais, que vinham nas outras versões, mas que agora são vistas também na Sporting.
O para-choque foi redesenhado, com uma barra mais espessa, ligando os nichos dos faróis de neblina, que acabaram reposicionados um pouco mais acima e trazendo um novo formato. A tomada de ar abaixo da placa exibem um estilo mais próximo à linha colmeia. A traseira do carro não foi mexida.
Por dentro, há novos grafismos para o quadro de instrumentos com display LCD de 3,5 polegadas, complementado nas versões mais caras pela central multimídia com tela de 6,2 polegadas, câmera de ré, retrovisor elétrico com função tilt down, volante multifuncional, computador de bordo e paddle shift (borboletas) na configuração Dualogic.
O que mudou
O que mudou
O que ele traz
Versões e preços da linha 2017 do Novo Uno:
Attractive 1.0
R$ 41.840
Vem de série com direção elétrica com função City; ar-condicionado; faróis de neblina; vidros dianteiros e travas elétricos; computador de bordo; barra de proteção nas portas; banco traseiro rebatível; sistema de partida a frio; volante multifuncional; além dos obrigatórios airbag duplo e freios com ABS.
Way 1.0
R$ 42.970
Incorpora retrovisores com indicador de direção; barras longitudinais no teto; faróis com máscara negra; suspensão elevada; frisos laterais das portas com inscrição Way; lanternas traseira com acabamento fumê; e molduras nas caixas de roda na cor cinza.
Way 1.3
R$ 47.640
Acrescenta sistema start-stop; fechamento automático de porta e vidros na chave canivete; e rádio com entradas auxiliar e USB.
Way 1.3 Dualogic
R$ 51.990
Incorpora câmbio automatizado por botões instalados no console central; assistente de partida em rampas (Hill Holder); paddle shift (borboletas) atrás do volante para troca manual das marchas; sistema ASR; e controles de tração (TC) e de estabilidade (ESC).
Sporting 1.3
R$ 49.340
Repete os itens do Way 1.3 manual, além de agregar suspensão com acerto esportivo; spoiler na tampa do porta-malas; ponteira de escapamento dupla central cromada; rodas aro 15; grade dianteira na cor preto brilhante; para-choque dianteiro com detalhes em vermelho; maçanetas externas e capa dos retrovisores em preto brilhante; faixas laterais exclusivas com escrita Sporting; e faixa horizontal no painel e detalhes do interior -– maçanetas, quadro de instrumentos e aplique do volante – na cor vermelha.
Sporting 1.3 Dualogic
R$ 53.690
Adota câmbio automatizado Dualogic controlado por botões no console central; paddle shift; auxílio de partida em rampas; e controles de tração e estabilidade.
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