Hyundai HB20 ganha motor 1.0 turbo de 105 cv; veja preços e versões

Aos poucos a motorização 1.0 deixa ser apenas sinônimo de economia de combustível para também incorporar a imagem de bom desempenho. Isso, graças à tecnologia downsizing, que retomou o uso do turbo em propulsores menores.

O Volkswagen up! 1.0 TSI reabriu as portas deste mercado no Brasil no ano passado e agora é a vez da Hyundai seguir a mesma receita. A marca apresentou nesta terça-feira (12) o HB20 1.0 Turbo, de 98/ 105 cv (gasolina/etanol), que estará nas lojas a partir do dia 26 de abril com preço inicial de R$ 47.445 na versão hatch e R$ 51.475, na sedã

CONFIRA PREÇOS E VERSÕES

A novidade ficará posicionada num patamar intermediário da linha, nas configurações Comfort Plus e Comfort Style. Os preços são, em média, R$ 2,6 mil mais em conta que as opções 1.6 (122/ 128 cv) e R$ 3,7 mil acima das equipadas com motor 1.0 aspirado (75/ 80 cv).

O motor de 12 válvulas da Hyundai é o conhecido 1.0 Kappa feito na Coreia do Sul com injeção multiponto de combustível. Havia a opção europeia com injeção direta que a Hyundai-Kia utiliza no Picanto, de 120 cv, porém ela é mais cara. “Haveria um acréscimo ainda maior no preço em relação ao 1.0 aspirado, o que comprometeria o custo-benefício do novo modelo”, justificou Rodolfo Stopa, gerente de Planejamento de Produto da Hyundai Motors do Brasil.

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O bloco foi adaptado para também beber etanol e tornou-se o primeiro turboflex da marca no mundo. Recebeu vários componentes novos para aguentar o tranco do turbo. Novas bielas, bronzinas, coxins, bicos injetores, velas de ignição, filtro de ar, bomba de combustível, galerias de arrefecimento, além de uma nova especificação de óleo.

A taxa de compressão agora é de 9,5:1, contra 12,5:1 do aspirado, para suportar a pressão extra. Já a turbina Honeywell de baixa inércia, com 34 mm de diâmetro, opera com pressão máxima de 0,9 bar.

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O bloco é gerenciado pela transmissão manual de seis velocidades, antes exclusiva do bloco 1.6 - o 1.0 ‘mais calmo’ mantém a de cinco marchas. A marca sul-coreana não descarta no futuro lançar o 1.0 com injeção direta e maior potência, quem sabe até no lugar do 1.6 aspirado.

Retomadas vigorosas

A grande sacada desse propulsor é a boa entrega de torque em baixas rotações. São 13,8/15,0 kgfm disponíveis já com 1.550 giros, contra 9,4/ 10,2 kgfm a 4.500 rpm do exemplar aspirado, o que significa um acréscimo na força de 47%. “O resultado são retomadas e acelerações mais vigorosas”, salienta Stopa.

O zero a 100 km/h ocorre em 11,2 segundos, enquanto no 1.0 “normal” é de 14,9 s. Já a velocidade máxima alcança 182 km/h, ante 160 km/h do irmão “mais fraco”.

Outro destaque é o consumo eficiente do 1.0 turbo. Segundo dados do Inmetro, ele faz 8,2/ 11,6 km/l na cidade e 10,1/ 14,3 km/l na estrada (e/g), o que garante a nota A em sua categoria.

No sedã, os números foram ainda melhores: 8,4/ 10,5 km/l no uso urbano e 11,9/ 15,2 km/l, no rodoviário (e/g), devido, principalmente,por vir calçado com pneus de baixa resistência.

Só como curiosidade, o up! TSI , de 101/ 105 cv e 16,7 kgfm, vai da inércia ao 100 km/h em 9,1 s e consome 9,6/ 11,1 km/l na cidade e 13,8/ 16,8 km/l na estrada (e/g). Porém, vale destacar que o Volkswagen é um subcompacto de 910 kg, enquanto o Hyundai tem 1.053 kg, além de o bloco TSI ser com injeção direta, pacote que faz diferença na performance e no gasto de combustível.

Rivais

O HB20 Turbo vai mirar o Chevrolet Onix, que é o atual líder de vendas no Brasil e parte de R$ 46.290 na motorização 1.4 (98/ 106 cv e 13,0/ 13,9 kgfm), alcançando R$ 52.390 na LTZ, além do Ford Ka 1.5 (105/ 110 cv e 14,6/ 14,9 kgfm) por R$ 44.990 na versão SE, R$ 48.390 na SE Plus e R$ 52.140 na SEL - traz direção elétrica e, no SEL, o controle de estabilidade.

“Teremos de mostrar ao cliente que o motor 1.0 turbo é melhor do que o 1.4 aspirado”, concluiu Stopa. Lembrando que em breve terá de medir forças com Ford Ka e Fiesta 1.0 turbo.

No caso do sedã, a concorrência direta será com Prisma 1.4 (R$ 49.790 a R$ 56.090) e Ka+ 1.5 (de R$ 48.990 a R$ 57.840).

A Hyundai, por enquanto, mostra-se cautelosa com a novidade, projetando apenas 7% das vendas totais do HB20 para a versão turbo.