Hyundai lança o Tucson europeu no Brasil para brigar no andar de cima dos SUVs

O novo Hyundai Tucson estreia no mercado brasileiro com preços que vão de R$ 138.900 a R$ 159.600. E nessa faixa suas pretensões são encarar Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA. Será que ele tem cacife pra tanto?

A nova geração do SUV foi apresentada na Coreia do Sul em março do ano passado e agora desembarca por aqui como produto nacional: sua construção ocorre em Anápolis (GO) em esquema CKD, no qual partes chegam importadas e a montagem é finalizada por aqui. Segundo a CAOA, o processo será totalmente nacionalizado em até três anos.

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Seu visual é marcante. A dianteira é marcada pela grade hexagonal, um dos elementos-chave da nova linguagem estética da fabricante coreana. Os faróis lembram os do irmão maior Santa Fe, e na lateral os vincos e as rodas de 18 polegadas são o destaque.

Na traseira, chama mais atenção a inscrição “Turbo” na parte inferior da tampa do porta-malas do que as lanternas.

Por “Turbo”, entende-se um motor 1.6 16V, movido apenas a gasolina, que rende 177 cv e 27 kgfm de torque, este já bem marcante a 1.500 rpm. Ele é acoplado a um câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas.

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Segundo a Hyundai, os dois levam o Tucson aos 100 km/h em 9,1 segundos, desempenho que o coloca entre os resultados do Q3 e do GLA. Na prática, não há como duvidar dos números do fabricante: as saídas de semáforo empurram o corpo dos ocupantes contra o banco caso o motorista tenha o pé pesado.

As trocas de marcha acontecem num piscar de olhos, mas conseguem ser suaves quando a condução está mais tranquila.

A suspensão, independente nos dois eixos, cumpre o que se espera dela: segura bem o SUV nas curvas e filtra com eficiência os buracos e irregularidades da via.

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NAS ALTURAS

Um estranhamento em um primeiro contato foi com a posição de guiar, um tanto alta. Quanto ao acabamento, o Tucson tem que ganhar refinamento em alguns pontos se quiser mesmo brigar com a trinca alemã.

Se fosse um estudante, teria nota média nesse quesito. Painel e portas abusam de plásticos duros, sendo a única parte macia a que vai sob a central multimídia.

A oferta de informações é rica, indo desde pressão de pneus, passando por velocímetro digital até consumo médio. Ela são apresentadas em uma tela de TFT de 3,5” ou 4,2”, dependendo da versão.

Quanto às configurações, serão três opções: GL (R$ 138.900), GLS (R$ 147.900) e Top, de R$ 159.600. De série, há botão de partida, central multimídia de 7” compatível com Android Auto e Apple CarPlay, volante com comandos, ar-condicionado de duas zonas, piloto automático, bancos, volante e manopla do câmbio em couro; bancos dianteiros com ajuste elétrico e controles de estabilidade e tração, entre outros itens. Teto solar e faróis em led são exclusividades da configuração mais cara.

Apesar do nome, o utilitário esportivo não tem nada do Tucson atual. Este, aliás, continuará firme e forte por aqui, já que ainda goza de relativo sucesso. Também montado em Anápolis, o agora antigo Tucson ganhará modificações mecânicas para cumprir as regras de consumo e emissão de poluentes e se manter como porta de entrada para SUVs da marca.

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