Uma das queixas de quem dirige a primeira geração do Cruze é a desempenho pouco empolgante do motor 1.8, de 144 cv e 18,9 kgfm. É preciso fazer o propulsor gritar em altas rotações para conseguir uma reação mais esperta.
A troca pelo propulsor 1.4 turboflex, de 153 cv, na segunda geração corrigiu esse detalhe. O bom torque de 24,4 kgfm, com 90% dele disponíveis entre 1.500 e 5.000 rpm, garante arrancadas rápidas e retomadas de velocidade adequadas para o tamanho do carro.
O câmbio automático de seis velocidades administrou bem a mudança. A primeira marcha tem a relação mais curta para ganhar terreno sem demora e a quinta e a sextas são mais longas para privilegiar a consumo eficiente.
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Em velocidade cruzeiro de 120 km/h pelas rodovias de São Paulo o ponteiro do conta-giros se posicionou na faixa de 2 mil giros. Já o computador de bordo registrou uma média até maior que o aferido pelo Inmetro. Na gasolina, fez 16,3 km/l, digno de um carro de entrada com propulsor 1.0 (o antigo ‘popular’).
Vale ressaltar que a presença do turbocompressor na tecnologia downsizing não necessariamente significa alto desempenho. Objetiva mais a baixa emissão de poluentes e a redução no consumo de combustível. Mesmo assim, o carro irá agradar quem gosta de chegar ao destino com maior rapidez.
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Já no Campo de Provas de Cruz Alta, da General Motors, em Indaiatuba, o comportamento do sedã atendeu as expectativas do que se espera para o segmento. Na pista de teste, o conjunto de suspensão assimilou que muito bem as diversas situações comuns às nossas vias urbanas e estradas, como buracos, ondulações e outras imperfeições, além de piso de paralelepípedo. A suavidade no impacto da carroceria impressiona.
A tocada está mais segura, especialmente nas curvas, que foram vencidas mais na mão do que o Cruze ‘antigo’, também disponível para o comparativo. A presença do controle de estabilidade, agora de série desde a versão de entrada LT, contribuiu muito para a condução sem sustos.
Tivemos a oportunidade de comparar o Cruze com o Corolla numa manobra de emergência em curva com o piso em granito molhado, a uma velocidade de 55 km/h. O controle de estabilidade (ESP) manteve o Chevrolet na trajetória, sem dar sinais de que o carro poderia escapar. Já o Toyota, que não oferece o dispositivo em nenhuma das versões, escorregou na mudança brusca de direção e um cone acabou atropelado.
Outro ponto positivo é o assistente de permanência na faixa. O dispositivo corrige automaticamente a trajetória caso o carro toque as marcações lateral ou central da via sem que o condutor acione a seta de direção. O volante gira sozinho para voltar à pista e o movimento é tão perceptível que até ajuda a despertar o motorista mais sonolento ou distraído.
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