Não se perca nas viagens

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"Papai, falta muito para chegar?" Quem pega a estrada com crianças pequenas costuma ouvir bastante esse tipo de pergunta. E a resposta geralmente se resume a "falta pouco", "falta muito". Mas, depois que o sistema de posicionamento global, popularmente conhecido como GPS, passou a acompanhar a família nas viagens mais longas, é possível responder ao filho a hora estimada da chegada e a distância que ainda resta percorrer. Afinal, essas são apenas duas das inúmeras funções que um aparelho de navegação oferece para facilitar a vida dos motoristas.

Confira alguns modelos de GPS

Muito usado nos dias de hoje pa­­ra a orientação no trânsito dos grandes centros, o GPS também virou um guia para quem pega a estrada, seja em viagens de férias ou a trabalho. Ele aposentou aqueles mapas gigantescos, que muitos levavam na bagagem para não se perder nas rodovias. Quem já não parou em postos de com­­bustíveis na beira de estrada atrás de informações sobre qual o ca­­minho tomar para chegar ao destino?

Desde 2007 o engenheiro mecânico Fabrício Floriani, 33 anos, de Curitiba, deixou de recorrer aos outros para pedir orientação. No começo, a tecnologia o ajudou por estradas de São Paulo, Goiás e Minas Ge­­rais, estados que visitava com frequência por força da profissão. Hoje os destinos dele se concentram em São Paulo, onde já está habituado com as rodovias. "Passei a usá-lo nas viagens de férias. Este mês fui conhecer Grama­do (RS) e o GPS foi ligado da­­qui até lá. Durante o trajeto passei por muitos trevos e dentro de municípios, onde tive de me orientar pelo aparelho", conta o engenheiro, que revela ser a mulher Maria Fernanda, 33 anos, a mais curiosa do casal em monitorar os outros dados fornecidos pelo equipamento, como a distância que falta percorrer até a parada final.

Divisional de uma rede farmacêutica, Vagner Galli, 44 anos, não abre mão do GPS nas viagens que faz por todo o Paraná. Residente em Curi­­tiba, ultimamente ele está passando de 20 a 25 dias do mês na estrada, visitando as inúmeras filiais ou abrindo novos pontos em diferentes cidades do estado. "É o meu copiloto. Utilizo as muitas funções do aparelho, especialmente para ter uma noção do tempo que resta de viagem ou ir de um ponto ao outro no município", salienta. Co­­mo a permanência dele nos lugares, às vezes, é questão de horas, Galli utiliza o GPS para encontrar os endereços rapidamente e traçar as rotas mais curtas. "Assim ganho tempo pa­­ra resolver os problemas das lo­­jas", ressalta.

O sistema também informa re­­cursos que o divisional julga importantes para evitar excessos nas rodovias, como alarme de li­­mite de velocidade, velocidade digital e indicação de radares. Ele ainda auxilia para programar uma viagem detalhadamente, os lugares onde vai parar para abastecer, comer, descansar e até dormir.

Galli lembra que manter o navegador sempre atualizado é fundamental, pois ocorrem mudanças nos sentido das vias dentro das cidades e também a inclusão de novas rotas que podem encurtar o tempo do trajeto. "Mesmo sendo um ótimo re­­cur­­so de orientação, recomendo sem­­pre planejar as viagens antes de sair de casa. Traçar o itinerário e as cidades que irá passar evita imprevistos, como falta de sinal e orientações confusas", aconselha Galli, que também recorre à pequena tela fixada no para-brisa para não se perder nos passeios com a família durante as férias escolares dos filhos. Ele só faz uma ressalva quanto à utilização do GPS: "Nunca o condutor do carro deve mexer no aparelho com o veículo em movimento. Caso contrário, de aliada a tecnologia pode ser tornar uma inimiga", alerta.

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