Se a briga entre Toyota e Honda pega fogo no segmento de sedãs médios com Corolla e Civic, no andar inferior a Honda tem poucos rivais à altura do City.
Mas essa tranquilidade não vai durar muito: a Toyota, enfim, prepara um concorrente para o sedã médio-compacto do rival, que preencherá a lacuna entre o Etios e o Corolla – atualmente, cerca de R$ 17 mil separam o mais caro do primeiro para o mais barato do segundo. Ou seja, o futuro modelo custará por volta de R$ 60 mil.
LEIA TAMBÉM: Fiat revela nova cara do Uno e motor 1.0 de três cilindros
Sem nome definido ou conhecido ainda, o futuro Toyota nacional terá como base o Vios, versão sedã do Yaris vendida em países emergentes da Ásia desde 2002 e em sua terceira geração desde 2013.
E se a pedra no sapato do Etios é o visual, o Vios tem design muito ousado para o público que pretende atingir no Brasil. Para garantir a aceitação do público, o departamento de estilo da Toyota no Japão trabalhou na criação de uma cara exclusiva para o mercado brasileiro.
O futuro sedã da Toyota trará novos ares à atual gama da marca. Isso porque alguns detalhes estéticos remetem, principalmente, a carros da montadora que não são vendidos no Brasil, como o próprio Yaris e também o iA, sedã compacto derivado do conterrâneo Mazda 3 e que chegou a ser testado no Brasil, mas sem sucesso.
Contudo, o modelo nacional não será uma reprise do Vios asiático. As mudanças entre ambos se concentram no capô, na grade e nos faróis. Estes deixam de lembrar o Corolla para serem mais espichados, porém continuam integrados à grade, que lembra um pouco o líder de vendas no segmento de médio.
Mais abaixo, próximo da tomada de ar inferior, estão as luzes diurnas em leds. O para-choque não muda tanto, mantendo a grande tomada de ar inferior com os faróis de neblina nas extremidades em nichos bem definidos. Ou seja, bem distante do Etios.
O que não muda no novo sedã nacional da Toyota é o perfil, com dois vincos: um começa nos faróis, demarcando a linha de cintura, e outro nas lanternas.
Janelas laterais também não mudam e têm formas que lembram bastante o Corolla. Trata-se de uma questão de identidade de marca.
Na traseira, as lanternas terão formato horizontal, tradicional truque estético para fazer o modelo parecer mais largo do que seus 1,70 m. Régua prateada acima da placa e refletores nas extremidades do para-choque também ajudam nesse aspecto.
Não por acaso, são recursos utilizados pelo seu arquirrival Honda City – que também não por coincidência tem exatamente as mesmas dimensões: 4,41 m de comprimento, 2,55 m de entre eixos e 1,48 m de altura.
Motorização do Etios
Sob o capô, aí sim há o que dividir com o Etios. Trata-se do eficiente motor 1.5 16V VVT, que estreou na linha 2017 do compacto. Feito no Brasil, tem comando de válvulas variável, gera 107 cv e 14,7 kgfm com etanol, aliando bom desempenho e baixo consumo de combustível.
LEIA TAMBÉM: Novo Gol dará origem a crossover compacto inédito da Volkswagen
A fabricante japonesa também começa a ensaiar sua estratégia de lançamento. Um dos slogans propostos é ‘Vá além’. E ele realmente irá. Em tempos de carros ‘populares’ por R$ 40 mil, um sedã de R$ 60 mil não terá uma pegada tão acessível assim. Contundo é uma ponte fundamental entre Etios e Corolla, e que hoje faz tanta falta à Toyota.
Só resta saber se sua estreia já será no Salão de São Paulo, em novembro.
LEIA TAMBÉM: Fiat prepara versão SUV da picape Toro para o lugar da Freemont
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast