A 7.ª edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, em parceria com Conpet, Ibama, ANP e Petrobras, revelou que 26% dos carros vendidos no Brasil foram certificados com o selo de baixo consumo de combustível e emissão de poluentes. Em volume, significa que somente 152 de 583 carros (de 36 marcas) avaliados conquistaram a nota A. Na outra ponta da tabela estão 40 modelos que receberam a classificação E (a pior), por consumir e poluir mais.
INFOGRÁFICO: Veja quais são os carros que mais consomem combustível no mercado
E a lista não é formada apenas por esportivos e SUVs, conhecidos por não poupar combustível e gases nocivos ao meio ambiente. Também há compactos, sedãs médios e minivans.
O campeão só podia ser um superesportivo. O Lamborghini Aventador e seu motorzão V12, de 700 cv, registrou média de 3,3 km/l de gasolina na cidade e 6,8 km/l na estrada. O carro que parte de R$ 2,8 milhões cumpre de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 350 km/h (limitada eletronicamente).
Mas o tamanho do veículo e a potência do motor nem sempre se traduzem em eficiência energética. O Fiat 500 MultiAir automático, por exemplo, tem motor 1.4 flex, de 107 cv, e cravou 6,9/8,3 km/l (cidade/estrada) para etanol e 10/12,1 km/l na gasolina, o que mostra que ser pequeno não é sinônimo de ser econômico. Como comparativo, a média dos subcompactos classificados com nota A foi de 12,2/14,9 km (cidade/estrada) abastecido com o derivado de petróleo.
Carimbo
Alguns modelos nem estrearam no mercado nacional e já foram carimbados com a nota E no PBEV do Inmetro. O novo Bravo fez 6,4/7,5 km/l com etanol, 8,9/10,9 km/l com gasolina, na versão com câmbio manual. O BMW Série 2 Active Tourer, uma espécie de perua familiar, fez 8,8/12,2 km/l (cidade/estrada) com gasolina. O Série 1 com o motor 2.0 turboflex, já presente no Série 3, marcou 6/8,3 km/l (cidade/estrada) com etanol; e 8,6/11,8 km/l com gasolina.
Adesão
Vale ressaltar que as montadoras fornecem voluntariamente seus modelos para se submeter às medições do programa. O primeiro PBEV, em 2008, contou apenas com cinco participantes hoje são 36 fabricantes. Os modelos/versões testados podem exibir em suas unidades zero quilômetro a etiqueta que os classifica (de A, melhor, a E, pior) quanto à eficiência energética na sua categoria, além de fornecer informações sobre consumo (km/l) urbano e rodoviário e emissões.
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