A Peugeot apresentou nesta segunda-feira (5) a linha 2017 do 208. Além de exibir a sua primeira mexida visual e mecânica desde o lançamento em 2012, o hatch compacto ganha duas novas opções de motores.
A 1.2 flex, de três cilindros e que rende 84/ 90 cv e 12,2/ 13 kgfm de torque (gasolina/ etanol). Ela tomará o lugar do 1.5 flex, de 4 cilindros e que gera 89/93 cv e 13,5/14,2 kgfm (g/e). O bloco, inicialmente importado da França, promete ser o mais econômico do país (com exceção dos híbridos) , alcançando 15,1 km/l na cidade e 16,9 km/l na estrada quando abastecido com gasolina,conforme os números do Inmetro divulgados pela montadora. Com etanol, o desempenho é de 10,9 km/l e 11,7 km/l, respectivamente.
O então líder de eficiência é o VW up! 1.0 TSI (turbo), que faz 9,6/ 13,8 km/l no trajeto urbano e 11,1/ 16,1 km/l, no rodoviário, na mesma aferição (etanol/ gasolina). De acordo com a Peugeot, o novo motor é 37% mais econômico do que o modelo que ele substitui.
O outro propulsor inédito no 208 nacional é o 1.6 THP (turboflex), de 166/173 cv e 24,0 kgfm (g/e), já usado pelo grupo PSA Citroën em modelos como 308, 2008 e C4 Lounge. Com desempenho mais esportivo, ele irá equipar a nova versão GT, associado ao câmbio manual de seis velocidades, e brigar com Renault Sandero RS e Fiat Punto T-Jet. A linha mantém ainda o 1.6 flex, de 115/ 122 cv e 15,5/ 16,4 kgfm (g/e).
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A linha 2017 parte de R$ 48.190, na versão Active 1.2, a mesma tabela da linha 2016 com motor 1.5 (confira todas as versões e preços abaixo).
O novo 208 recebeu um discreto retoque na aparência, adotado pelo modelo europeu desde o ano passado. Para-choque, grade (inferior) e nicho dos faróis de neblina foram redesenhados. Na traseira, a novidade é a disposição dos elementos internos, que foram alterados. Houve ainda a inclusão de luz diurna em led integrado aos faróis.
Já o interior trouxe evolução nas texturas e cores e também no sistema multimídia, que agora vem com espelhamento de smartphones em todas as versões.
O 208 GT tem alguns detalhes mais agressivos no visual, como nos para-choques e lanternas traseiras, mais escuras. As rodas também aparecem com desenho diferenciado. O hot hatch traz ainda spoiler, pedais em alumínio e volante é esportivo, com base achatada, além do logotipo ‘GT’ na tampa do porta-malas.
Motor premiado na Europa
A motorização 1.2 da família PureTech é uma das mais sofisticadas do Grupo PSA. Em 2015, em Stuttgart, na Alemanha, a sua versão turbo ganhou o Prêmio de ‘Motor do Ano’ na categoria dos blocos com cilindrada entre 1.0 e 1.4 litro.
A linha tem variações de cilindrada na Europa: 1.0 aspirado de 68 cv, 1.2 aspirado de 84 cv e 1.2 turbo, de 110 cv ou 130 cv, todos de três cilindros. Por lá, além do 208, ele também está disponível no 308 e no 2008.
O propulsor flex será importado da França, estratégia incomum nessa faixa de segmento. Segundo o presidente do grupo no Brasil e América Latina, Carlos Gomes, a forte desaceleração no mercado de veículos não justifica a produção local do motor, mesmo com o câmbio desfavorável às importações. “Precisa de volume de 80 mil a 100 mil unidades por ano para ser viável produzir localmente”, diz.
Mercado
No ano passado, as vendas da PSA no Brasil caíram 38,3% em relação a 2014, num mercado que encolheu 25,6%, para 2,4 milhões de automóveis. A previsão de Gomes para este ano, tendo como base os resultados do primeiro trimestre, é de que as vendas no segmento fiquem abaixo de 2 milhões de unidades.
O executivo ressalta, contudo, que mudanças podem ocorrer num espaço menor de tempo. “Vejam o exemplo da Argentina, que se apresenta como um país cheio de expectativa e está atraindo investidores; creio que o Brasil tem condições de fazer esse trabalho.”
Para Gomes, com novos produtos, as marcas Peugeot e Citroën vão voltar a ganhar espaço no mercado doméstico, além de recuperar exportações. Em 2015, o grupo já havia investido R$ 150 milhões no início da produção do Citroën Aircross e R$ 400 milhões no Peugeot 2008.
O que ele traz
Preços e versões da linha 2017 do Peugeot 208:
Active 1.2 Flex
R$ 48.190
Direção elétrica progressiva; câmbio manual de cinco marchas; ar-condicionado; vidros, travas e retrovisores (com luz de seta integrada) elétricos; faróis e lanternas de neblina; luzes diurnas e lanternas em lanternas (com máscara negra); rodas de aço aro 15 e pneus verdes; chave canivete; limpador de vidro traseiro com acionamento automático em marcha à ré; luzes de emergência para frenagem brusca; encostos de cabeça para os cinco passageiros; e central multimídia com tela de 7”, bluetooth, USB e espelhamento via Apple CarPlay e MirrorLink.
Active Pack 1.2 Flex
R$ 51.690
Adiciona rodas em liga leve aro 15; volante revestido em couro; quatro airbags (frontais e laterais); e ar-condicionado digital de duas zonas.
Allure 1.2 Flex
R$ 54.990
Incorpora grade, contorno dos faróis de neblina e teto com cromo; teto solar panorâmico; sensor de ré; e piloto automático.
Allure 1.6 Flex AT
R$ 59.090
Adiciona ao pacote Allure 1.2 transmissão automática de quatro velocidades com borboletas para trocas manuais atrás do volante; e escape com ponteira cromada.
Sport 1.6 Flex
R$ 60.990
Acrescenta GPS; moldura preta nos faróis de neblina; rodas de liga aro 15 em preto brilhante; grade estilizada em preto e vermelho e contorno em preto brilhante; spoiler traseiro; ponteira de escapamento cromada; volante com couro microperfurado e cor vermelha; e pedais em alumínio.
Griffe 1.6 Flex AT
R$ 64.590
Soma ao pacote anterior vidros com moldura em preto brilhante e frisos cromados na base; rodas de liga diamantadas; maçanetas e saídas de ar com bordas cromadas; seis airbags no total (frontais, laterais e de cortina); sensores de estacionamento dianteiro, de iluminação e de chuva; câmera de ré; GPS; apoio de braço no console central; e banco traseiro bipartido.
GT 1.6 THP
R$ 78.990
Mesmos itens da Griffe, além de rodas de liga aro 17; aerofólio esportivo; saída de escape dupla; e controle de estabilidade.
O jornalista viajou a convite da Peugeot
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