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Diniz, chefe da oficina da Servopa, sugere que o motorista deixe o ar quente ligado por 2 minutos depois de usar o ar-condicionado para eliminar a umidade | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Diniz, chefe da oficina da Servopa, sugere que o motorista deixe o ar quente ligado por 2 minutos depois de usar o ar-condicionado para eliminar a umidade| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

O fim do inverno e a perspectiva de dias mais quentes fazem com que os mo­­toristas lembrem do ar-condicionado do veículo. Há tempos ele deixou de ser um item de luxo para se transformar em item de se­­gurança. Isso porque está cada dia mais perigoso circular com os vi­­dros abertos. E para ga­­rantir o bom funcionamento do ar-condicionado é aconselhável fazer uma revisão no sistema e dei­­xar tudo preparado para os dias mais quentes.

Edemilson Ferreira, responsável pela oficina da concessionária Honda Niponsul em Curitiba, diz que é muito comum o motorista não ligar o ar-condicionado durante o inverno. Segundo ele, a falta de uso leva ao ressecamento de vedantes, o que pode causar vazamento de óleo e perda de gás refrigerante. Isso causa redução de eficiência do sistema. Segundo Ferreira, o ar-condicionado deve ser ligado pelo menos uma vez a cada quatro semanas, mesmo no inverno.

Alexandre Aurélio Chimentão, técnico da oficina da Phoeni­­xar, sugere que esse cuidado seja to­­mado com ainda mais frequência: duas vezes por semana para que o óleo circule por todo o sistema. Ele afirma que a maioria dos donos de carro com ar-condicionado não aciona o equipamento durante o inverno. E a revisão an­tes do verão também é im­­portante para que seja feita a correta higienização. "O filtro deve ser substituído uma vez por ano ou a cada 15 mil quilômetros rodados", completa. Mas se o carro costuma ser usado em estradas de chão, o correto é fazer a troca a ca­­da seis meses ou 7 mil a 10 mil quilômetros rodados, indica Chimen­tão.

Economia

Revisões periódicas também ga­­rantem gastos menores. De acordo com Edemilson Ferreira, o motorista vai gastar pouco mais de R$ 100 se for necessário fazer apenas os ajustes de rotina. Sem contar que o ar-condicionado funcionando corretamente não traz gastos adicionais de combustível. Chi­­mentão explica que, com o sistema regulado, o consumo aumenta, em média, 5%. Mas se houver al­­gum problema, esse porcentual vai crescer.

Ferreira diz que quando o ar-condicionado é ligado ele permanece assim até atingir determinada temperatura. Em seguida ele desliga e volta a ligar novamente quando chega ao outro extremo. Se estiver faltando gás refrigerante, vai ser necessário muito mais tempo para atingir a temperatura ideal. Assim, o ar-condicionado fica ligado por um período maior, o que aumenta o consumo de combustível.

Ilson José Diniz, chefe da oficina da Servopa, dá uma dica para reduzir o cheiro desagradável que costuma exalar do ar-condicionado. Ele lembra que o uso frequente cria umidade e é daí que vem o mau cheiro. Por isso, antes de desligar o carro, é bom deixar que o ar quente circule por cerca de 2 mi­­nutos no sistema, o que elimina a umidade. "O ideal é fazer isso toda a vez que o motorista usa o ar-condicionado ou pelo menos uma vez por semana", indica Diniz.

A assessora de diretoria Claudia Carla Gaboardi, dona de um Hon­da New Civic, diz que esse mau cheiro é o que mais a incomoda no ar-condicionado. Mas ela garante que toma os cuidados necessários. "Ligo o ar com frequência no in­­verno e faço todas as revisões recomendadas", conta. "Faço a higienização e a troca de filtro porque é bom para quem usa o carro e também para o veículo".

Para quem tem carro sem ar-condicionado, o momento também é propício para a instalação desse acessório. Chimentão afirma que muitas pessoas acabam abrindo mão desse conforto quando compram um carro porque ele sempre vem acompanhado de outros itens que encarecem de­­mais o preço final do veículo. "Às vezes o comprador tem que gastar cerca de R$ 4 mil a mais", completa. Para instalação, o investimento começa em R$ 2,3 mil, segundo Chimentão, e varia conforme o modelo.

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