A Volkswagen prometeu nesta segunda-feira (11) reconquistar os consumidores americanos, após o escândalo de motores adulterados envolvendo a companhia. “Estamos determinados a reacender o amor dos Estados Unidos pela Volkswagen,” disse Herbert Diess, presidente da marca Volkswagen, no primeiro dia do Salão do Automóvel de Detroit.
A Volkswagen começou com um pedido de desculpas e evoluiu para anúncios de investimentos em solo americano e de novos lançamentos no mercado.
“Nós decepcionamos nossos revendedores de longa data, as autoridades dos EUA e o povo americano. Sinto muito por isso”, afirmou Diess a jornalistas.
No domingo à noite, o CEO da VW, Matthias Mueller, seguiu o mesmo ritual de desculpas, também expresso na manhã desta segunda-feira pelo presidente Audi, marca de luxo da VW que estava envolvida no escândalo.
O grupo alemão admitiu ter instalado em cerca de 11 milhões de veículos com motores a diesel um software que burlava o controle de emissões poluentes.
Mueller deve se encontrar na quarta-feira (13) em Washington com Gina McCarthy, presidente da Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency), que revelou a fraude da VW. Espera-se que sejam anunciados nesse encontro os planos da fabricante alemã para reparar os 600 mil veículos a diesel das marcas Volkswagens, Audi e Porsche nos EUA.
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A VW anunciou que será estabelecido um pacote para os proprietários de carros afetados. As condições para os consumidores dependerão do plano para resolver o defeito, esclareceu o diretor-executivo dos da Volkswagen América, Michael Horn.
Diess disse que a VW pretende reforçar sua oferta de utilitários esportivos para os consumidores americanos. Ele pretende lançar uma nova SUV de médio porte, que começaria a ser produzida nos Tennessee no final de 2016.
A companhia anunciou ainda uma versão híbrida elétrica do Tiguan. “Melhorar nossa estratégia aqui nos EUA é absolutamente vital para o nosso futuro”, comentou Diess.
Volkswagen apresenta protótipo híbrido do Tiguan
A expressão New Volkswagen foi exibida no telão da empresa durante boa parte da coletiva de imprensa em Detroit.
A marca alemã participa do primeiro grande salão em solo americano após o escândalo de adulteração dos motores a diesel, e tenta provar que o problema foi uma exceção em sua história.
O presidente da empresa nos EUA, Michael Horn, e Herbert Diess, membro do conselho diretor da VW, passaram cerca de dez minutos falando sobre investimentos nos EUA (U$S 900 milhões a partir deste ano) e pedindo desculpas.
Diess afirmou que a empresa desapontou consumidores, mas está “buscando retomar o caminho certo”.
A única novidade apresentada é o conceito Tiguan GTE Active, um protótipo híbrido baseado na segunda geração do SUV.
Enquanto o motor a gasolina atua no eixo traseiro, o propulsor elétrico vai acoplado às rodas dianteiras. Eles trabalham em conjunto quando há demanda por tração integral.
A VW confirmou que irá produzir um novo utilitário em sua fábrica americana, o que consumirá a maior parte dos investimentos. De acordo com a empresa, a iniciativa deverá gerar 2.000 empregos no estado do Tennessee.
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