Leve, refrescante e ácido. Assim é o vinho verde que, depois do vinho do Porto, é o português mais lembrado pelos consumidores. Em véspera de Páscoa, aumenta a procura pela bebida, que acompanha bem as tradicionais bacalhoadas servidas na Sexta-Feira Santa.

CARREGANDO :)

“As pessoas comem bacalhau com bastante azeite de oliva e a acidez desse vinho se equilibra bem com a oleosidade que envolve a boca. Ele lava as nossas papilas gustativas”, explica o sommelier Alexandre Kühas, que recomenda os brancos Muralhas de Monção (R$ 28) e Alvarinho Deu La Deu (R$ 46). Kühas lembra ainda que o vinho se harmoniza com outros tipos de peixes, frutos do mar, comida japonesa e queijos gordurosos.

“Um vinho verde geladinho (entre 8°C e 10°C) também é ótimo para receber convidados, acompanhando petiscos. É um vinho de boas-vindas”, define a enóloga Sandra Zottis. Ela sugere o Condes de Barcelos (R$ 23), nas versões branco e tinto, e o branco Dorado Superior (R$ 115), que recebeu 91 pontos (em uma escala de 0 a 100) na avaliação do americano Robert Parker, referência mundial na crítica de vinhos.

Publicidade

Origem controlada

Aos desavisados, é bom esclarecer. O “verde” no nome do vinho não está ligado a sua cor. Afinal, há tanto brancos, em tons que vão do esverdeado ao amarelo palha, como tintos, comparativamente mais encorpados e rústicos. O “verde” se refere ao seu consumo – que deve ser feito enquanto ele ainda é jovem – e à Região Demarcada dos Vinhos Verdes, no noroeste de Portugal, onde são produzidos. Desde 1909, eles recebem um certificado de Denominação de Origem Controlada (DOC), que garante a procedência e características básicas.

Algumas das uvas mais utilizadas na composição dos vinhos verdes são a loureiro, a azal, a trajadura e a alvarinho, esta última, a mais nobre. “Quando tomo vinho verde, normalmente é de alvarinho, dos produtores Anselmo Mendes e Provam”, conta o diretor-presidente da agência OpusMúltipla, José Dionísio Rodrigues. Português como o vinho, ele indica o branco Portal do Fidalgo (R$ 52), também recomendado pela sommelier Camila Podolak. “É um vinho premiado, 100% alvarinho”, informa ela.