Bom Gourmet
Entenda de vez a polêmica entre biscoito e bolacha
Apesar da infinidade de memes e discussões acaloradas, biscoito e bolacha são sinônimos garantidos por lei. Por mais curioso que possa parecer, a polêmica virou questão política e até mesmo uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi elaborada para explicar a rusga. A briga não é nova, mas não tem uma origem muito definida.
Para o chef consultor e professor do curso de gastronomia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Vavo Krieck, as duas palavras têm origens diferentes, mas se complementam no final das contas. É mais uma questão de regionalidade mesmo.
“Os cariocas constantemente me diziam: ‘é biscoito, bolacha é um tapaço’. Na verdade, os dois são feitos com massa de farinha de algum cereal, água, açúcar, gordura e fermento. O biscoito tem seus primeiros registros na língua portuguesa em 1317, enquanto bolacha aparece somente em 1543. Nesse quesito, biscoito saiu na frente”, explica.
Há regiões que usam a palavra bolacha, como o Sul e Centro-Oeste e parte do Norte, enquanto estados como Minas Gerais adotam as duas versões. Alguns estados do Nordeste usam biscoito, dispensando totalmente a palavra bolacha.
Como tudo começou
Ainda segundo Vavo Krieck, o nome biscoito deriva do latim: “bis”, que quer dizer duas vezes, e “coctus”, que significa “cozido”. “Juntando as duas palavras, temos ‘bis coctus’, que quer dizer cozido duas vezes, uma vez que a massa era assada duas vezes para que ficasse bem seca e durasse mais. Já a palavra bolacha também vem do latim ‘bulla’, que quer dizer objeto esférico, juntamente com ‘acha’, indicando o diminutivo”, finaliza.
A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (Abimapi) afirma que o alimento está presente em 100% dos lares brasileiros, com mais de 200 tipos comercializados entre salgados, doces e recheados. Neste número não entram as receitas caseiras, que você pode aprender a fazer neste Dia Nacional do Biscoito, comemorado nesta segunda-feira (20).
- 200 g de manteiga sem sal
- 1 xícara de açúcar
- 1 ovo
- 2 colheres (chá) de extrato de baunilha
- 3 xícaras de farinha de trigo
- 3/4 colher de chá de fermento em pó
- 1/2 colher de sal
- Misture farinha com o fermento em pó e sal em uma tigela grande e reserve.
- Bata a manteiga e o açúcar com uma batedeira em velocidade média-alta até ficar pálido e fofo.
- Bata o ovo e o extrato de baunilha juntos e acrescente à mistura da manteiga.
- Reduza a velocidade da batedeira.
- Adicione a mistura de farinha e bata até obter uma mistura homogênea.
- Leve à geladeira por duas horas.
- Molde os biscoitos em uma forma untada e leve assar em forno pré aquecido (200ºC), até as bordas ficarem douradas. Tire do forno com o miolo ainda mole.
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- 1/2 xícara de polvilho azedo
- 1/4 xícara de alfarroba em pó
- 1/4 xícara de farinha de arroz
- 1/4 xícara de amido de milho
- 1/2 colher (chá) de goma xantana
- 1 colher (chá) de sal
- 1 xícara de grão de bico ou milho em conserva
- 1/2 xícara de azeite de oliva extra virgem
- 1 colher (sopa) de orégano
- Gergelim a gosto
- Em uma tigela, adicione a alfarroba em pó, o polvilho azedo, o amido de milho, a farinha de arroz, o sal e a goma xantana. Misture bem os ingrediente e reserve.
- Bata no liquidificador o grão de bico ou milho, o azeite de oliva extra virgem e o orégano. Despeje o conteúdo líquido nos ingredientes secos e misture até obter uma massa homogênea.
- Faça bolinhas pequenas com essa massa.
- Forre uma assadeira com papel manteiga e polvilhe com gergelim. Coloque as bolinhas por cima do gergelim e amasse com um garfo.
- Asse por 40 minutos em forno pré-aquecido em 180 graus.
