Bom Gourmet
Parece fruta, mas não é! Confeitaria de Curitiba faz doces inspirados em criação do confeiteiro Cédric Grolet
Um doce que parece fruta no formato e no aroma, mas à primeira garfada (e ela nem precisa chega à boca) a gente já sabe que se trata de pura técnica de confeitaria. Foi inspirada nas criações do confeiteiro francês Cédric Grolet que a chef Juliana Demário, proprietária da Sotile Pasticceria, no Juvevê, começou a preparar esses doces que enganam os sentidos. “A intenção é promover uma experiência completa, que começa pela visão e depois surpreende pelo paladar”, define ela.
Os doces são preparados com ingredientes locais, recheio de frutas frescas (que pode ser in natura ou geléia) e envoltos por mousse à base de creme inglês. Para fazer o doce que parece fruta, Juliana utiliza técnicas francesas como a namelaka, que atribui espessura e brilho à cobertura. São utilizadas também a flocagem e glaçagem, dependendo da necessidade.

O resultado são maçãs, mangas, limões, amêndoas e grãos de café super realísticos. No total, são três dias até um doce que parece fruta ficar pronto. “Por isso, só oferecemos aos fins de semana”, conta Juliana. A chef explica que a produção semanal é de 300 unidades que se esgotam em minutos. “Temos fila aos fins de semana.”
Origem do doce que parece fruta real

Os doces em forma de frutas foram criados pelo confeiteiro francês Cédric Grolet, eleito o Melhor Chef Pâtissier do mundo em 2018, pelo guia Gault & Millau. “É algo novo, de um profissional jovem, mas que envolve técnicas tradicionais”, afirma Juliana. Ela conta que os produtos que vende são inspirados no trabalho de Grolet, com receitas próprias.
A chef explica que o conceito do chef Grolet é um doce que se parece com a fruta e tem sabor da fruta. “O limão dele é super ácido, sem doçura e fiel à fruta.” Para agradar ao paladar local, Juliana propõe uma construção de sabor mais adequada ao brasileiro, com produtos regionais. “Nós quebramos o ácido do limão, por exemplo, com gel de amora, a manga tem um toque de gengibre e a maçã leva canela” revela.

Sucesso real e virtual
A Sotile Pasticceria foi inaugurada há pouco mais de dois anos pela chef Juliana Demário e o marido, o ex-engenheiro Cesar Augusto Deucher. Mesmo com a pandemia no meio do caminho, o empreendimento especializado em entremets tem crescido exponencialmente. Em dezembro, eles estimam comercializar 10 mil doces (entre frutas e outras opções da loja).
Apesar de ter dobrado de tamanho da casa há poucos meses, eles contam que já sente a necessidade de aumentar. “Temos perdido vendas por conta das filas”, afirma Cesar. “Recebemos pessoas de outros bairros, outras cidades, que nos encontram nas redes sociais e fazem questão de vir até nós.”

Além das frutas glaçadas, que custam entre R$27 e R$34 a unidade, e só são vendidas no sábado e domingo, o cardápio conta também com tortas, mouses e salgados. O local tem capacidade para 62 pessoas sentadas e funciona das de terça a domingo, das 12h30 às 19h. O endereço é Rua Barão dos Campos Gerais, 548, Juvevê. @sotilepasticceria.