Feira mostra que varejo e food service do Brasil estão alinhados com tendências mundiais

Durante a NRF 2021 Chapter 1 destacaram-se fortemente os temas ligados à digitalização, tecnologias emergentes, foco nas novas necessidades dos clientes e resiliência nos negócios.

Assim como ocorreu no Brasil, a explosão do
consumo de proximidade e a exacerbação da omnicanalidade foram destaques para
atender a necessidade do consumidor por mais conveniência e para reativar as
vendas. A exponencialidade do delivery trouxe consigo o desafio logístico, e o
consumidor mostrou-se novamente aberto a ampliar o uso de lockers, drive thru,
ou ainda, pedir e passar para retirar.

Situações que também observamos no Brasil e que
deverão ser gerenciadas para que continuem a evoluir.

Comunicar-se com seu consumidor de forma franca,
transparente e verdadeira foi outro ponto muito destacados pelas empresas que
participaram dessa NRF 2021 Chapter 1. Houve a onda inicial onde as empresas
buscaram fazer o que fosse possível, com atitudes mais emocionais focadas em
ajudar o outro. Mas, aos poucos, foram lapidando as ações de maneira mais
integrada aos objetivos do negócio, e novamente criando um ambiente de ativação
para as vendas. Sempre respeitando o cenário, mas, estimulando a busca e formas
de manter-se conectado com seus clientes.

Discussões sobre as relações humanas ligadas a
preconceito, diversidade e sustentabilidade também devem ser destacadas. Esse
período de confinamento permitiu às pessoas a reflexão, posicionamento e
polarização sobre seus pontos de vista.

Muitas marcas participaram ativamente nas mídias sociais e ganharam maior atenção e fidelidade dos seus clientes.

Por fim, o destaque para a necessidade de
reinvenção, pivotagem ou até encerramento de alguns negócios. Houve quem fez
ajustes no seu modelo, quem pivotou e que brevemente poderemos conferir o
sucesso ou não dessas decisões. E houve quem realmente sucumbiu, que vinha há
tempos com dificuldades de recuperação e que a crise causada pelo coronavírus
levou a decisão final de encerramento.

Eu nunca tinha visto um conteúdo em que o Brasil
estivesse tão próximo em termos de realizações. Sim! Poderia ser um evento
exclusivamente com executivos brasileiros, porque veríamos soluções muito
parecidas com o que foi apresentado. A expressão “somos cidadãos do mundo e
estamos hiperconectados” nunca foi tão verdadeira.

As empresas de classe mundial, como indústrias e
redes que atuam no food service brasileiro usaram as boas práticas dos outros
países, e num ambiente com menos morosidade para tomada de decisão, implementaram
com rapidez essas diretrizes.

Os negócios de menor porte do food service
brasileiro foram apoiados pelas indústrias, distribuidores e associações para
aceleração da adoção das melhores práticas. Mesmo ações do governo, que foram
mais tímidas do que as de outros países, ajudaram na manutenção do setor.

Ainda estamos no cenário pandêmico, porém, a
vacina será fundamental para a recuperação da economia mundial. É possível
afirmar que, no food service, sairemos mais digitalizados – ou melhor, mais
sensíveis da importância da digitalização.

Porém, ainda mais cientes de que somos todos
humanos e que somente as marcas que tiverem um propósito verdadeiro e uma
conexão única com seus clientes é que sobreviverão a essa e às próximas crises.

Coragem! Vamos juntos!