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As padarias podem funcionar seguindo protocolos de segurança e higiene.

Mercado e Setor

Padarias e confeitarias devem seguir protocolos de segurança para atrair clientes; veja recomendações

Guilherme Grandi
20/07/2020 14:12
Consideradas como serviço essencial, as padarias e confeitarias precisaram rever seu modo de funcionamento e se adaptar às novas exigências tanto dos consumidores como das autoridades sanitárias. Assim como o restante do setor de alimentação fora do lar, as panificadoras também precisaram suspender alguns serviços, como buffets, diminuir a capacidade de atendimento no salão e fazer filas com marcações de distanciamento – além de implantar o serviço de delivery, que muitas não realizavam.
Para ajudar na operação dentro das novas regras sanitárias e atrair clientes com mais confiança, o Sebrae do Paraná elaborou um extenso protocolo de segurança para todo o espaço físico do negócio, o trato com os colaboradores e o atendimento aos clientes.
Além de adaptar a operação às novas regras, a consultora Patrícia Santini afirma que é preciso comunicar ao consumidor que os protocolos de segurança sanitária e boas práticas de alimentação estão sendo cumpridos. “Porque a sensação de estar protegido, especialmente neste momento, influencia a decisão de compra, seja para consumir no local, pegar e consumir em casa ou por delivery”, diz.
Veja quais são os cuidados recomendados pelo protocolo de segurança do Sebrae-PR e também as orientações da secretaria municipal de Saúde de Curitiba para a operação das padarias e confeitarias:
Colaboradores
  • Distribua a força de trabalho ao longo do dia, evitando concentrá-la em um turno só.
  • Quando possível, adote o home office para os colaboradores do setor administrativo.
  • Oriente os colaboradores a não utilizar os bebedouros, se possível retire-os do ambiente de trabalho, e os incentive a terem suas próprias garrafas ou copos individuais de água potável.
  • Oriente os colaboradores a vestirem o uniforme ou roupa de trabalho apenas na empresa.
  • Todos os colaboradores devem utilizar máscaras de proteção o tempo todo.
  • Oriente-os a higienizarem as mãos antes e depois da manipulação dos alimentos ou qualquer interrupção.
  • Realize reuniões de alinhamento todos os dias, e reforce as medidas para os colaboradores.
  • Informe diariamente os colaboradores sobre a situação da pandemia e oriente-os a não propagarem notícias falsas (fakenews).
  • Designe um funcionário para repassar as informações aos colegas, de preferência promovendo um rodízio diário para reforçar o espírito de equipe.
  • E afaste colaboradores com sintomas de gripe (febre, tosse e/ou sintomas respiratórios), orientando-os a procurar o serviço médico.
Espaço físico
  • Se possível, tenha duas entradas separadas para colaboradores e clientes. Do contrário, evite que eles transitem simultaneamente pela entrada única.
  • Mantenha os ambientes abertos e bem ventilados. Caso necessite do uso de ar-condicionado e outros sistemas de climatização, deve-se seguir a legislação específica e garantir a limpeza dos filtros constantemente, além de evitar que o fluxo incida diretamente sobre as pessoas, mesas e alimentos.
  • Diminua a capacidade de público do negócio, com um distanciamento mínimo de 1 metro entre cadeiras e 2 metros entre mesas. Em Curitiba, a lotação máxima é de 1 pessoa a cada 9 metros quadrados no interior da loja, considerando a área total de circulação de pessoas e o número de funcionários.
  • Retire as toalhas de tecido das mesas. Se usadas, troque-as a cada cliente. O Sebrae recomenda que se coloque uma placa de acrílico transparente sobre as toalhas, para que seja desinfetada após o uso de cada cliente.
  • Não utilize condimentos, enfeites, guardanapos ou qualquer item das mesas que possa ser tocado por mais de um cliente. Os produtos devem ser fornecidos em embalagens individuais.
  • O protocolo de saúde de Curitiba estabelece, ainda, que as louças, talheres e utensílios devem ser colocados à mesa somente na hora de servir.
  • A operação de buffets de autosserviço normalmente utilizados para café manhã, almoço ou café colonial, estão proibidos em Curitiba. O formato deve ser adaptado para o formato de rotisseria, quando um colaborador é designado para montar o prato do cliente de acordo com a preferência dele. Todos os utensílios utilizados, como louças, talheres e bandejas, devem permanecer na parte interna da área de servimento e acessíveis somente ao colaborador.
  • Desinfete os cardápios entre o atendimento de clientes ou substitua-os por modelos digitais, como o QR Code, ou ainda lousas explicativas que não sejam tocadas pelos consumidores.
Clientes
De acordo com o Sebrae, os cuidados com os
clientes “visam evitar aglomerações e aumentar a efetividade da segurança, ao
mesmo tempo em que garante a percepção de que os cuidados estão adequados”.
  • Distribua cartazes pela loja orientando aos clientes que apenas uma pessoa por família deve entrar para fazer as compras, evitando levar crianças e idosos.
  • Informe os consumidores de que carrinhos e cestos de compras usados não devem ser deixados junto dos que estão higienizados para os próximos usuários. Deixe-os distantes e estrategicamente colocados, como os higienizados na entrada e os já utilizados na área de caixa.
  • Utilize comandas descartáveis, eletrônicas ou que sejam de material de fácil higienização com álcool 70%.
  • Garrafas térmicas de autosserviço de cortesia de chá e café devem ser retiradas. Se a padaria ou confeitaria deseja manter o serviço, deve designar um colaborador para manusear as garrafas e servir o cliente em local adequado.
  • Cortesias como balas e doces devem ser embalados individualmente e servidos também um a um, nunca disponibilizados em um recipiente para autosserviço.
  • Os espaços kids devem permanecer fechados e sem acesso ao público.
  • Se possível, defina caixas de uso exclusivo para idosos, gestantes, imunossuprimidos e grupos de risco.
  • Se possível, ofereça o serviço de delivery para entregar na casa dos clientes, principalmente os de grupo de risco. Padarias que adotaram este canal de venda relatam terem aumentado o faturamento.
O Sebrae lembra ainda que a flexibilização das regras de distanciamento social e reabertura de atividades comerciais até então proibidas não significa uma retomada imediata do movimento. Isso dependerá do comportamento dos clientes, que querem se sentir seguros para consumir.