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Rodrigo Oliveira, chef do Mocotó, finalista de uma das categorias do 50 Best Latin America.

Restaurantes

Dois restaurantes brasileiros se classificam para a final do 50 Best Latin America

Guilherme Grandi
21/10/2021 22:03
Os restaurantes brasileiros Mocotó e Aizomê, de São Paulo, são os únicos classificados para as categorias especiais que serão premiadas pelo Latin America’s 50 Best Restaurants, que terá os troféus especiais entregues nos dias 4 e 22 de novembro. Os estabelecimentos concorrem como Icon Award e Best Reinvention, respectivamente, que celebram as casas que mais se destacaram frente às dificuldades geradas pela pandemia do coronavírus.
Ao todo serão quatro troféus especiais que vão
reconhecer os estabelecimentos mais resilientes, em um formato inédito e
exclusivo apenas para este ano. De acordo com a produção do prêmio, a equipe se
empenhou em identificar os maiores restaurantes da região nos últimos nove
anos, criando uma lista única dos Latin America’s 50 Best Restaurants 2021:
Pasado y Futuro.
A edição 2021 foi concebida para reconhecer 100
restaurantes com base nos votos das oito edições anteriores do ranking desde o
início dos prêmios, em 2013. Enquanto os 50 Melhores Restaurantes da América
Latina anunciam uma lista de prêmios especiais a cada ano, os reconhecimentos
também assumiram um novo significado em 2021, homenageando indivíduos e
restaurantes que estão ajudando a criar mudanças positivas e um futuro melhor
na região.
Segundo William Drew, diretor de conteúdo dos
Latin America’s 50 Best Restaurants, a premiação vai dar uma luz mais ampla
sobre o setor de restaurantes da América Latina e seus talentos.
“Por meio de experiências incríveis, chefs e estabelecimentos demonstraram sua resiliência e queremos honrar esse movimento com uma variedade de prêmios especiais pré-anunciados", disse.
Além de fazer um reconhecimento pelo período em
vez de votos no ano, o prêmio deste ano também terá duas alterações no título
de outras categorias: melhor chef feminina passa a se chamar “Rising Star
Female Chef” (ou chef feminina em ascensão, em tradução livre); o “One to Watch
Award”, que seria uma revelação nos últimos 12 meses, será um reconhecimento a
um restaurante que abriu nos últimos anos e que se tornou referência em
originalidade e é uma promessa para o mercado.
Também serão alterados o “Icon Award”, que vai
reconhecer a pessoa que vem promovendo mudanças duradouras na indústria e além
dela; e o “Chefs' Choice Award - Best Reinvention” vai premia um chef que se
reinventou com um sucesso ou seu restaurante foi destaque durante a pandemia. Por
fim, o “Art of Hospitality Award” vai reconhecer um restaurante que foi além
para apoiar seus clientes e oferecer um novo modelo de hospitalidade durante
estes tempos desafiadores.

Brasileiros na disputa

É nestas categorias que tiveram alterações que concorrem os restaurantes brasileiros Mocotó e Aizomê. O primeiro, tocado pelo casal Rodrigo Oliveira e Adriana Salay, se destacou ao longo da pandemia por ajudar a comunidade local em São Paulo fornecendo marmitas e cestas básicas gratuitas aos mais necessitados e impactados pela pandemia do coronavírus.
O projeto Quebrada Alimentada chegou a fornecer mais de 200 refeições por dia durante o período mais restritivo da pandemia, atendendo a famílias “que chegaram num ponto de fazer uma refeição por dia apenas, por não terem renda para comprar alimentos”, disse Oliveira na época.
Já o Aizomê, da chef Telma Shiraishi, se classificou para a categoria de melhor reinvenção por conta da reinvenção completa que precisou fazer no modelo de negócios. A chef passou de um formato totalmente presencial para 100% delivery de uma hora para a outra, que ela considerou como “desafiador” na época.

Finalistas

A lista final dos 100 restaurantes reconhecidos
pelo 50 Best e os 50 “Pasado y Futuro” será revelada no dia 11 de novembro. Até
lá, as outras categorias terão divulgações em datas específicas. Veja abaixo:
“Latin America’s Rising Star Female Chef Award”, em 28 de outubro:
  • Debora Fadul – “Diacá”, da Cidade da Guatemala, Guatemala.
  • Francesca Ferreyros – “Baan”, de Lima, Peru.
  • Sofīa Pfannl – “Pakuri”, de Assunção, Paraguai.
  • Pía Salazar – “Nuema”, de Quito, Equador.
  • Marsia Taha – “Gustu”, de La Paz, Bolívia.
“Icon Award”, em 4 de novembro:
  • Leandro Cristóbal – “Café San Juan”, de Buenos Aires, Argentina.
  • Norma Listman e Saqib Keval – “Masala and Maíz”, da Cidade do México, México.
  • Rodrigo Oliveira e Adriana Salay – “Mocotó”, de São Paulo, Brasil.
  • Rafael Rincón – “Comida Para Todos”, de Santiago, Chile.
“Chefs’ Choice Award – Melhor Reinvenção”, em 22 de novembro:
  • Eduardo García – “Máximo Bistrot”, da Cidade do México, México.
  • Benjamín Nast – “De Patio”, de Santiago, Chile.
  • Jaime Pesaque – “Mayta”, de Lima, Peru.
  • Jennifer Rodríguez – “Mestizo Cocina de Origen”, de Mesitas del Colegio, Colômbia.
  • Telma Shiraishi – “Aizomê”, de São Paulo, Brasil.
“Art of Hospitality Award”, em 22 de novembro:
  • Ambrosía, de Santiago, Chile.
  • Celele, de Cartagena de Indias, Colômbia.
  • Maito, da Cidade do Panamá, Panamá.
  • Mishiguene, de Buenos Aires, Argentina.
  • Rosetta, da Cidade do México, México.