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Festival de Carne de Onça chega à quinta edição com pratos a R$19

Restaurantes

Festival da Carne de Onça chega à quinta edição com 30 participantes

Diogo Dreyer, especial para o Bom Gourmet
21/09/2021 21:59
A quinta edição do Festival de Carne de Onça começa nesta terça-feira (21) e vai até o dia 10 de outubro. No total, 30 estabelecimentos de Curitiba e região participam neste ano, servindo versões próprias para o tradicional prato, com valor fixo de R$19 a porção (veja a lista dos participantes no final do texto). Uma tradição com mais de 80 anos em bares e botecos da cidade, a Carne de Onça é, desde 2016, Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba.
O prato lembra três receitas internacionais muito conhecidas: o Hackepeter alemão, o Steak Tartare francês e o quibe cru libanês. Porém, como é servido nos bares e restaurantes de Curitiba, é algo próprio da cidade. A iguaria curitibana é feita da seguinte forma: uma fatia de broa preta, coberta com carne bovina moída (normalmente patinho), cebola branca cortada fininha e cebolinha verde picada. Tudo temperado com sal, pimenta do reino e regado com bom azeite de oliva extravirgem. No festival, cada cozinheiro traz sua versão, com temperos e ingredientes que agregam sabores, mas que mantêm a essência do prato.
Carne de onça da Academia das Cervejas. Foto: Gean Cavalheiro
Carne de onça da Academia das Cervejas. Foto: Gean Cavalheiro
Segundo Sergio Medeiros, do Curitiba Honesta, que organiza o evento, o objetivo desta edição é, além de promover a tradicional iguaria curitibana, ajudar o setor de gastronomia em sua retomada. "Outra intenção do festival é cada vez mais fortalecer a carne de onça como nosso patrimônio cultural”, afirma. Entusiasta da gastronomia curitibana, ele foi o responsável pela pesquisa e encaminhamento que deu o título de Patrimônio Cultural Imaterial ao prato, reconhecimento que é outorgado pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural. Na pesquisa, Medeiros descobriu a versão mais contundente história da carne de onça.
Ele conta que, na década de 40, havia na cidade um time de futebol chamado Britânia. Seu diretor era o Cristiano Schimidt, dono de um bar na Marechal Deodoro, chamado Toca do Tatu. Para comemorar as vitórias do time, Schimidt, que não pagava bicho para os jogadores, fazia uma baciada de carne crua e colocava sobre fatias de broa, junto com cebola branca e cebolinha picadas, e servia aos atletas. Em uma dessas ocasiões, Duia, o goleiro, reclamou: “Poxa, Schimidt, você só serve essa carne aí que nem onça come!”. Estava batizado o petisco que virou o mais pedido do Toca do Tatu e, mais tarde, acabou se tornando tradição dos bares da cidade.

Confira os participantes do 5° Festival de Carne de Onça de Curitiba

Mavy Pub Mondri – São José dos Pinhais
Mais informações: www.curitibahonesta.com.br.
Carne de onça do Jabuti Bar. Foto: Gean Cavalheiro
Carne de onça do Jabuti Bar. Foto: Gean Cavalheiro
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