Bom Gourmet
Temperos e ervas caem no gosto dos brasileiros na hora de cozinhar em casa
Eles dão um gostinho a mais na comida e ainda fazem um bem danado à saúde. Os temperos e ervas passaram a ser cada vez mais valorizados na alimentação, principalmente ao longo da pandemia da Covid-19. Com restaurantes fechados durante os períodos mais restritivos, muitas pessoas passaram a se aventurar no fogão e a experimentar mais.
Muito mais gente na cozinha resultou num salto na procura por temperos e ervas a partir de março de 2020. Em uma das principais processadoras brasileiras de alimentos naturais, o aumento das vendas foi de 30%, chegando a picos de 70% em alguns meses.
É da sede da Tainá Alimentos, em Curitiba, que condimentos, temperose ervas importados de todo o mundo saem para abastecer as cozinhas de novos chefs de fim de semana. E, também, daqueles profissionais que não pararam de ousar nos últimos dois anos.

Sócia-proprietária da empresa, Talita Knupp conta que viu uma disparada na quantidade de pedidos feitos pelo varejo e outras processadoras de alimentos, que têm a Tainá entre seus principais fornecedores.
“Ficou evidente que os brasileiros passaram a se preocupar mais com os alimentos que consomem e, principalmente, com a origem deles e os benefícios trazidos para a saúde”, diz.
Não é
difícil entender como foi este crescimento. Basta uma ida aos supermercados
para perceber que prateleiras de alimentos saudáveis e certificados passaram a
ocupar mais espaço, com uma maior variedade de produtos para os mais variados
preparos e momento do dia a dia.
difícil entender como foi este crescimento. Basta uma ida aos supermercados
para perceber que prateleiras de alimentos saudáveis e certificados passaram a
ocupar mais espaço, com uma maior variedade de produtos para os mais variados
preparos e momento do dia a dia.
De olhono tempero

Temperos e ervas passaram a fazer parte da rotina de compras dos brasileiros. Cúrcuma, lemon pepper, chimichurri, ervas finas, pimentas e mais uma infinidade de especiarias dão uma cara especial e diferente aos preparos de casa. E com a mão na massa, os consumidores agora cozinheiros também passaram a ser mais criteriosos na escolha dos produtos.
“Eles passaram a ser mais críticos com o que comem, e ganhamos vantagem nisso. Toda a matéria-prima que recebemos, independente de ser importada ou nacional, passa por um rigoroso controle de qualidade onde verificamos se não tem organismos alheios ao produto, glúten e proteína do leite de vaca, entre outras análises”, explica Talita.
Depois dessa primeira análise, a matéria-prima recebida passa para uma área de processamento à mão. Embalagem por embalagem, tudo é reanalisado, porcionado e estocado para ser entregue o quanto antes aos clientes.
Essa área, conta Talita, também passa por um rigoroso processo de controle de qualidade. Os alimentos são manipulados em salas separadas por colaboradores que efetuam quatro trocas de roupas por dia. Isso evita uma possível contaminação cruzada.

Tanto cuidado é necessário devido a grande quantidade de produtos alergênicos manipulados na linha de produção da Tainá Alimentos. As centenas de matérias-primas utilizadas são trabalhadas individualmente em equipamentos limpos e esterilizados, com o devido controle para que não haja um mínimo de resíduo de um para o outro.
“É algo que nos preocupamos desde o começo do negócio, há 11 anos. Assim, evitamos que o nosso produto especificamente provoque algum tipo de dano à saúde dos nossos clientes”, afirma.
O controle da produção ocorre até mesmo na saída dos produtos já embalados para a distribuição. Os engenheiros e técnicos de alimentos da empresa retiram amostras de cada lote despachado, para se ter um controle da qualidade do item caso algum cliente relate um problema.
Lojistas e distribuidores também entram nessa busca por qualidade. Eles são constantemente convidados a participar de treinamentos para uma melhor manipulação dos produtos desde o recebimento em seus estabelecimentos até a venda ao consumidor final.
“Assim, podemos ter a certeza de que os nossos produtos vão chegar à mesa do cliente exatamente como saíram daqui, com qualidade e frescor”, completa Talita.

Temperos próprios
Segundo Talita, a linha de temperos e especiarias da Tainá, composta por mais de 60 produtos, está passando por uma transformação. Para garantir a qualidade e padrão de seus produtos, a empresa está iniciando a produção de seus próprios temperos.
“Os temperos constantemente têm suas receitas alteradas, isto sempre foi um desafio e motivo de estudo e análises aqui na Tainá. O que nos levou a decisão de iniciarmos a produção de nossa linha de temperos. Com isto, podemos garantir a qualidade e o padrão que sempre buscamos entregar ao consumidor da nossa marca”, explica.