Queria lembrar minha mão
Quando não havia manchas.
Alguma coisa fora do tempo.
Aquela memória, assim, não.
Enfim, passou. Agora, esses
Dedos, com essas estampas.
Não era assim. Era, não sei
Bem. Limpas. Melhor,
Cortá-las, disse o poeta.
A mão inteira, brilhante,
Principalmente nova, uma
Pequena roda semovente.
Verde. Isso: a mão inteira
Disponível, pronta para o que
Der, ver e vier. As unhas:
Novas. Talvez a diferença
Sejam as unhas – elas como
Que envelhecem. O tempo
De cada pedaço não é o tempo
Do todo, diz a equação.
Mas essas coisas corroídas
São mais que unhas. São
Não sei. Você percebe esse
Metro atrapalhado. Um pé
Lá atrás, outro adiante, e
Nunca fecham o compasso
E tudo é culpa da unha
Essa mesma, sobre a pele
Manchada de dedos assim
Não tão ruins, mas a pele
E a mancha e esse olho que
Vê, enfim. A coisa como era.
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