Quando o quadro Abaporu, da artista Tarsila do Amaral (1886- 1973), foi comprado, em 1995, por US$ 1,43 milhão em leilão em Nova York pelo empresário argentino Eduardo Costantini, houve polêmica e comoção no Brasil sobre a perda de uma das obras referenciais do modernismo brasileiro. Pintada em 1928, na fase antropofágica da produção de Tarsila - a tela inspirou ainda o "Manifesto Antropófago" publicado naquele ano por Oswald de Andrade e Raul Bopp na Revista de Antropofagia -, a obra volta agora ao Brasil, para ser o destaque da exposição "Mulheres, Artistas e Brasileiras", a ser inaugurada hoje no Palácio do Planalto, em Brasília.
"Abaporu", título inspirado na língua tupi e que quer dizer "homem que come gente", representa uma figura humana com pé e braço agigantados, tornando-se um símbolo da fase da artista. No mesmo período, ela criou a tela "Antropofagia" (1929), esta, pertencente à Coleção José e Paulina Nemirovsky (em São Paulo), e "Urutu" (1928), de Gilberto Chateaubriand, cedido em comodato ao MAM do Rio. O "Abaporu" fica em exposição permanente no Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (Malba), inaugurado em Buenos Aires em 2001 e que apresenta o acervo do empresário.
Desde sua compra por Costantini, em 1995, a tela foi exibida no Brasil em 1998, em mostra com obras da coleção do argentino no Museu de Arte Moderna de São Paulo; em 2002, na exposição "Da Antropofagia a Brasília", na Faap; e em 2008, parte de "Tarsila Viajante", na Pinacoteca do Estado.
A mostra "Mulheres, Artistas e Brasileiras", realizada pela Faap a pedido da presidente Dilma Rousseff para celebrar o Dia Internacional da Mulher, reúne cerca de 80 obras de 49 criadoras e ficará em cartaz até 5 de maio.
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