O advogado dos dois historiadores que acusam Dan Brown de plagiar o trabalho deles em seu best-seller "O código Da Vinci" disse nesta terça-feira que o escritor pode ter mentido em seu testemunho.
Brown alega em sua defesa que escreveu a sinopse de seu livro antes de conhecer "The Holy Blood, and the Holy Grail" ("O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", publicado no Brasil pela editora Nova Fronteira), dos historiadores Michael Baigent e Richard Leigh, publicado em 1982. Mas o advogado Jonathan Rayner James mostrou que "O Santo Graal" é indicado como leitura essencial num dos livros usados por Brown durante a pesquisa para escrever a sinopse de "O código Da Vinci".
- Eu já tinha tudo de que precisava para aquela sinopse. Estou olhando para o plano geral, não para os detalhes - respondeu Brown, em seu segundo dia no banco de testemunhas.
Há sete livros listados na bibliografia da sinopse de "O código Da Vinci", escrita em 2001, mas "O Santo Graal" não é um deles.
- Para mim, isso prova que eu não conhecia o livro quando escrevi a sinopse - disse Brown, acrescentando que seria de seu interesse incluir o trabalho na bibliografia para impressionar o editor.
Brown admite ter usado "O Santo Graal" quando escreveu "O código Da Vinci", mas diz que foi apenas uma de várias fontes e afirma que não influiu nos temas centrais de seu romance. Ambos os livros falam de um casamento entre Jesus e Maria Madalena e de sua linhagem ser protegida pelo misterioso Priorado de Sião.
Brown deve continuar testemunhando até quarta-feira e podem passar semanas até que se chegue a um veredito.
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