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Joana Seibel em Anjo Negro | Maurício Oliveira / Divulgação
Joana Seibel em Anjo Negro| Foto: Maurício Oliveira / Divulgação

A amizade com Abdias do Nascimento, um dos grandes atores negros do teatro brasileiro, inspirou o dramaturgo Nelson Rodrigues a criar um espetáculo de tintas trágicas para discutir sem sutilezas ou subterfúgios a relação do homem negro com a sociedade brasileira.

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Anjo Negro (confira o serviço completo), levado ao palco em 1946 por Ziembinski, uma das peças mais intensas do autor, foi montada poucas vezes pela dificuldade de encontrar um elenco negro. O mesmo desafio foi enfrentado por Sandro Lucose, diretor da Cia. Teatro Mosaico, do Mato Grosso, que apresenta o espetáculo hoje e amanhã, às 21 horas, no Teatro da Reitoria, como parte da Mostra do Festival de Curitiba.

Há dez anos, ele abdicou da ideia de montá-la como projeto final do curso de teatro realizado na Universidade do Rio de Janeiro – UniRio. "Não havia atores negros suficientes", lembra. Agora, com um grupo profissional formado em Cuiabá, o diretor pôde finalmente realizar o antigo sonho. Diante de um elenco quase todo formado por atores brancos, à exceção do casal protagonista, o diretor optou por uma solução cênica não-realista, como, por exemplo, as indumentárias que fazem referências aos elementos das religiões afro-brasileiras.

Serviço:

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