Foi dada a largada para a maratona fashion mais importante do país. A São Paulo Fashion Week começou na quarta-feira (12)na Bienal e vai até o próximo dia 18. O pano de fundo para o evento é uma leitura pop da cultura africana. A temática revestiu o prédio que abriga os desfiles por dentro caixas de papelão pintadas e montadas pela cenógrafa Daniela Thomas recobrem as paredes , serviu de inspiração para alguns estilistas e entrou no discurso oficial sobre raízes e miscigenação.
Um mundo paralelo erguido em meio ao caos de São Paulo. De nada se sabe, pelo menos nos corredores da São Paulo Fashion Week, que vive esses dias sua 21.ª edição, sobre novas investidas do PCC ou coisa que o valha, a não ser por um comentário esparso ou pelo jornal verificado só no fim do dia. Confusão, por ali, só a da entrada para o último desfile do primeiro dia do evento.
Desfiles
A Ellus, que inventou de usar o jardim do Ibirapuera para ambientar sua apresentação atrasou mais de uma hora, teve transtornos até onde se sabe causados pela falta de liberação por parte do corpo de bombeiros de uma estrutura que iria abrigar fotógrafos e cinegrafistas. O resultado foi uma sonora vaia, alguns bate-bocas acalorados e uma onda generalizada de mau-humor. Quem ficou, e foi muita gente que resistiu ao empurra-empurra, gostou do que viu. A coleção criada por Nelson Alvarenga teve tintas indianas, africanas e mexicanas, costuradas por soluções contemporâneas. Os vestidos esvoaçantes feitos em cambraia de algodão, uma textura semelhante a uma gaze translúcida, revelaram uma mulher extremamente sensual e leve para o verão.
Se a Ellus não levou nenhuma peça do seu famoso jeans, Patrícia Vieira uma especialista no trato com o couro não apresentou na passarela nenhuma jaqueta ou calça do tipo comum na cena rocker. Nessa coleção, o couro ganhou contornos românticos, cheio de saias rodadas, rendados, furados, entremeados de transparência, como se imitassem veludo devorê.
O primeiro dia teve ainda Alexandre Herchcovitch que, por acaso, trabalhou a temática africana ele baseou suas pesquisas de criação numa tribo africana antes mesmo de saber que o evento inteiro teria o continente como diretriz. No desfile, suas muito bem resolvidas mesclas de padronagens (xadrezes e estampados absolutos combinados em uma mesma peça), modelagens amplas em contraste com formas mais enxutas, suas saias plissadas e casacos de general.
O estilista Ricardo Almeida abriu o primeiro dia. O desfile teve homens casuais, daqueles que parecem ter saído de uma praia vestidos em tons claríssimos e tecidos naturais , e outros arrojados, vestidos com modelos bem ajustados. A trilha sonora do desfile foi um show à parte. Um coral de 50 vozes animou a platéia com versões nada convencionais de "Imagine" e "All You Need is Love", dos Beatles. A direção musical foi de André Abujamra.
Nesta terça-feira os desfiles começam às 10 horas. Confira a escalação:
10h - Pedro Lourenço11h30 - Cori15h - Carlos Tufvesson16h30 - Fause Haten (masculino)19h15 - Iódice20h30 - Triton21h30 - Cia Marítima
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