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Obras têm em comum o comprometimento com a democracia. | Felipe Rosa/Gazeta do Povo
Obras têm em comum o comprometimento com a democracia.| Foto: Felipe Rosa/Gazeta do Povo

A data não poderia ser mais pertinente para inaugurar a exposição “Mandela em Cartaz”, na Caixa Cultural: neste sábado (18), o líder africano, morto em 2013, completaria 97 anos. Além disso, é celebrado em todo o mundo o Dia Internacional Nelson Mandela, instituído pela ONU em 2009 – a data é uma homenagem ao Nobel da Paz por sua dedicação à resolução de conflitos e à promoção dos direitos humanos em todo o mundo.

A mostra, inédita no Brasil, abre às 11 horas do sábado e reúne 95 cartazes do projeto “Mandela Poster Collective”, promovido em 2013 por dois designers da África do Sul, Jacques Lange e Mohammed Jogie.

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A dupla, que recebeu 700 trabalhos de profissionais de todo o mundo, selecionou os cartazes que integram a exposição tendo em mente o conteúdo humanitário associado ao design.

Antes de Curitiba, a mostra passou por Barcelona, Londres e Cabo Verde, entre outras cidades.

Veja alguns cartazes em exibição na mostra

Para a curadora Ruth Klotzel, o cartaz é um veículo pertinente para falar sobre Mandela. “Ele é um objeto de comunicação antes de tudo, que tem uma vocação muito democrática. Não é preciso, muitas vezes, nem de palavras. Por isso, fala para todas as nacionalidades”, acredita.

Uma preocupação de Ruth foi contextualizar o material. Por isso, antes de chegar à galeria, o visitante poderá ver uma linha do tempo que aborda a colonização da África do Sul, o apartheid e a vida de Mandela (as informações são da Nelson Mandela Foundation).

Outra atração da mostra é um vídeo de 18 minutos sobre Mandela.O trabalho é uma edição de trechos do documentário “Have You Heard from Johannesburg”, da Clarity Films. Uma lousa, para que os visitantes deixem seus recados, é mais um detalhe proposto por Ruth. “Queremos que as pessoas interajam, e que seja uma exposição para todas as faixas etárias.”

Líder da resistência contra o regime de apartheid que imperou na África do Sul por décadas, Mandela, ou “Madiba”, como é chamado em seu país, ficou preso por 27 anos, e foi o principal nome da transição do regime de exceção para a democracia (o mandato como presidente durou de 1994 a 1999).

De acordo com Ruth, a mostra deixa clara a importância desse símbolo. “Ele é um exemplo para todas as lutas de liberdade”, ressalta.

Às 11h30, será promovida uma visita guiada pela curadora, com entrada gratuita. A mostra fica em cartaz até 27 de setembro.

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