A relação entre corpo, performatividade e tempo é investigada na primeira exposição individual da artista Luana Navarro, que reúne fotografias, vídeos e textos em “Corpo sem sinônimo”. A mostra foi aberta na quinta-feira (18), no Museu da Fotografia de Curitiba, e segue em cartaz até o dia 20 de abril.
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Apesar de ser anunciada como uma exposição individual, a mostra apresenta trabalhos realizados em diálogo com outros artistas, e abre espaço para diversas ações interativas relacionadas ao tema, como leituras, mesa-redonda e palestras. “Todo o processo é compartilhado com outras pessoas. O trabalho não é só meu, é coletivo”, defende Luana.
Com curadoria da pernambucana Ana Luisa Lima, a mostra é uma retrospectiva que compreende oito anos de produção da artista paranaense.
Entre as obras que compõem a exposição, há trabalhos já revelados, como a série Micro-Resistências (2008-2015), realizada em diversas regiões do Brasil, México e Alemanha, até produções inéditas, como o vídeo “Risco” e a série “Murmuro”.
Um dos elementos estruturais da montagem é o espaço conceitual intitulado “Biblioteca para corpos em expansão”, composto por uma série de imagens, textos, performances e possibilidades interativas.
A proposta é estimular a incorporação de materiais de outros artistas e colaboradores. “Isso que eu chamo de biblioteca, é onde eu não estou sozinha”, define a artista.
Luana Navarro imprime em seus trabalhos o simbolismo do corpo descortinado em lugares previstos e espaços inóspitos, onde a sua subjetividade é inteira posta frente às câmeras.
“O click nem sempre é meu, mas a concepção, a ideia, é minha. A fotografia é o primeiro suporte do meu trabalho, os textos são fragmentos que reverberam aquilo que o ato performativo expressa. A ideia é explorar todas as possibilidades do corpo”, ressalta Luana.
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