Fotos são compostas e organizadas como abstrações figurativas.| Foto: Divulgação

Os limites da fotografia que revela a si mesma são testados na mostra “Charif Benhelima: Polaroids, 1998 – 2012”, que ocupa o Museu Oscar Niemeyer (MON) a partir deste sábado (5), e permanece em cartaz até 3 de abril de 2016. No dia da abertura, haverá uma visita guiada com a curadora Daniella Géo, às 11 horas.

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Considerado um dos maiores nomes belgas da fotografia contemporânea, Charif Benhelima apresenta uma das mais inovadoras pesquisas em polaroides.

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Com curadoria de Christophe De Jaeger e Daniella Géo, a exposição reúne cerca de 130 imagens e três obras em grande formato. As imagens de Benhelima desafiam percepções de tempo, espaço e matéria.

Embora o conteúdo autobiográfico esteja presente em sua obra, Benhelima ultrapassa questões pessoais propondo questionamentos assertivos sobre temas políticos e sociais.

A mostra trabalha com a noção de invisibilidade e pertencimento, em que a discriminação associada à imigração é problematizada, assim como a construção da própria imagem.

Inaugurada em Palais des Beaux-Arts (BOZAR), em Bruxelas, e também apresentada no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), a mostra provoca o espectador frente ao multiculturalismo.

Polaroid

Definidas por mecanismos mais lentos e de pouco controle técnico, a Polaroid demarca uma nova fase no processo criativo de Benhelima.

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A fim de redefinir a relação com o ato de fotografar, o artista viu no resultado único, efêmero e irretocável das imagens em polaroide uma possibilidade de ampliação do olhar.

O artista

Filho de pai marroquino e mãe belga, Charif Benhelima nasceu em Bruxelas, em 1967, e ficou órfão aos 8 anos. Cresceu no interior da católica Flandres ocidental e aprendeu sobre sua origem judaica sefardita já em idade adulta.

Seu processo identitário diante das contradições, dos conflitos e da intolerância despertados pela diversidade cultural é a base de suas pesquisas.