Mesmo no auge da crise econômica, uma tela da artista Beatriz Milhazes foi vendida por R$ 16 milhões na noite de abertura da feira SP-Arte, batendo todos os recordes da artista em leilões.
Há cinco anos, sua pintura “O Moderno” foi arrematada por US$ 1,1 milhão, na época R$ 1,8 milhão, num leilão em Londres.
O comprador seria Marcel Telles, um dos sócios da distribuidora de bebidas Ambev, que teria pago US$ 4 milhões pela obra, alvo das atenções nesta edição tímida da feira. O trabalho também serviu como pano de fundo para grande parte dos selfies dos VIPs que estiveram na noite de abertura do evento, no pavilhão da Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera.
“Crise”
Outras galerias relataram vendas acima do esperado em tempos de crise. Luisa Strina, uma das marchandes mais poderosas do país, vendeu trabalhos de Cildo Meireles, Laura Lima e Marcius Galan, variando de R$ 48 mil a R$ 150 mil.
Marcia Fortes, sócia da Fortes Vilaça, também do primeiro time de casas nacionais, diz ter vendido três quartos das obras que levou à feira, entre elas trabalhos de Cristiano Lenhardt, Erika Verzutti, Jac Leirner, Leda Catunda e Marina Rheingantz.
Na Luciana Brito, três telas de Tiago Tebet foram vendidas, cada uma delas na faixa dos R$ 30 mil, enquanto a Millan, outra importante casa paulistana, vendeu trabalhos de Tunga, Tatiana Blass e Rodrigo Andrade, alguns na faixa dos R$ 200 mil.
As vendas na Nara Roesler variaram entre cerca de R$ 100 mil por um trabalho de Artur Lescher a R$ 120 mil por uma peça de Marcos Chaves. Sem revelar valores, a Vermelho vendeu trabalhos de Rosângela Rennó, Fábio Morais e Cinthia Marcelle.
Entre as casas a estrangeiras, a britânica Lisson vendeu peças de Haroon Mirza e do americano Dan Graham por valores entre R$ 125 mil e R$ 240 mil. A italiana Cardi, com trabalhos de até R$ 10 milhões, como uma pintura de Lucio Fontana, afirmou não ter vendido nada na primeira noite do evento.
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