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Vídeo | Reprodução/TV Globo
Vídeo| Foto: Reprodução/TV Globo

Inspirados na riqueza multicultural do Brasil, Paraguai e Argentina, artesãos que moram na região da tríplice fronteira estão criando peças originais, com imagens de animais, plantas e construções. A intenção é levar as obras para o mundo, divulgando a arte produzida na região, promovendo um resgate dos costumes e atrativos locais, invisíveis para a maioria das pessoas.O trabalho vem sendo realizado com base em um banco de 4 mil imagens fotográficas feitas durante uma jornada de 15 dias em 28 municípios brasileiros, argentinos e paraguaios, no fim de 2006. O objetivo foi pesquisar a cultura e a história sob o ponto de vista de nove áreas temáticas, incluindo arquitetura, flora, fauna, geografia e história jesuítica. A expedição histórico-cultural, orientada pelo designer italiano Giulio Vinacia, de Milão, resultou na elaboração de um catálogo com ícones culturais usados pelos artesãos na composição das peças, cuja primeira coleção foi lançada em maio com o tema "O Mundo Jesuítico Guarani".

Toda a atividade faz parte do Programa Ñandeva – "todos nós" na língua guarani. Instalado em um pavilhão reformado dentro da Hidrelétrica de Itaipu, no Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), o Ñandeva surgiu a partir da percepção de que falta identidade cultural no artesanato vendido na região, conforme diz a coordenadora geral do programa, Ana Cristina Nóbrega.

Vendas

As primeiras peças Ñandeva serão comercializadas experimentalmente em uma loja de artesanato situada na própria Itaipu Binacional. A longo prazo a idéia é ampliar a venda para outros locais e exportar as peças, ampliando a renda dos artesãos de Foz do Iguaçu, cidade onde hoje vende-se R$ 1 milhão em artesanato ao mês, segundo Ana.

Cada produto vem acompanhado de uma etiqueta explicativa sobre o ícone adotado pelos artistas. Entre as peças já elaboradas há utensílios, bijuterias, decoração, confecção, sabonetes e bolsas. Em todas elas, são usados ícones da região, como plantas ornamentais, símbolos da colonização alemã ou dos índios guaranis.

Atualmente, 200 artesãos da região estão cadastrados no projeto Ñandeva e participam de oficinas oferecidas periodicamente no PTI.

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