A vivência no palco, Carla Bruni prefere reservar para os outros: não gosta de ver a si mesma em DVDs ou na TV, para evitar decepções. “Não sei de onde vem esta minha necessidade de reconhecimento, talvez por ser uma bastarda”, disse certa vez em uma entrevista. “Não me incomoda ser filmada, ao contrário, mas não gosto de me ver depois. Necessito de reconhecimento, mas num sentido mais amplo. Não se trata de aprovação, mas de consideração. O fato de dar prazer às pessoas com a minha música, disso eu gosto.”

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Carla Bruni canta “Little French Songs” em dois shows no Brasil

Cantora se autodefine como uma “otimista melancólica” e se apresenta em São Paulo e Porto Alegre

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Sem medo da autoironia, ela já se definiu como “burguesa, energúmena, estrambólica, tímida, misantrópica e solitária”.

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“Absolutamente”, confirma ela. “Sou sobretudo solitária e misantrópica, completamente estrambólica, desordenada, e desde uma certa idade, um pouco menos tímida. Penso que a vida é progressiva. Mas sempre fui assim, e de qualquer forma, não podemos mudar o que somos. Pelo menos, não é algo fácil.”