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Carla é casada com o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy. | Remi Jouan/Creative Commons
Carla é casada com o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy.| Foto: Remi Jouan/Creative Commons

A franco-italiana Carla Bruni, 47 anos, é um rosto conhecido como modelo e ícone de marcas de luxo, mas é também a voz de uma cantora e compositora de sucesso. A música-título de seu álbum de estreia, “Quelqu’un m’a dit”, lançado em 2002, foi cantarolada pelos quatro cantos do planeta.

A aventura musical consolidou-se em uma carreira reconhecida, só interrompida quando assumiu o papel de primeira-dama da França, entre 2007 e 2012, como mulher do então presidente Nicolas Sarkozy.

Artista diz ser “solitária e misantrópica”

A vivência no palco, Carla Bruni prefere reservar para os outros: não gosta de ver a si mesma em DVDs ou na TV, para evitar decepções

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Com quatro discos gravados – e mais dois em preparação – e muitas milhas percorridas em turnês internacionais, a “otimista melancólica” Carla Bruni, como se autodefine, apresenta-se nespela primeira vez no Brasil, em Porto Alegre (no próximo dia 24) e em São Paulo (26).

Discos

Carla Bruni está com dois novos álbuns em gestação, um de novas composições francesas e outro de canções americanas, que terá “antigos blues, country e algumas outras coisas”.

Dylan

Ela ouviu o último disco de Bob Dylan, “Shadows in the Night”, com o songbook de Frank Sinatra. “As pessoas dizem que ele não canta bem. Para mim, canta divinamente bem”, diz.

Melancolia

Ela diz ser “otimista melancólica”. “Adoro a melancolia. Mas ainda assim sou uma otimista. A melancolia é geralmente o passado redesenhado, uma maneira muito suave de ser triste.”

O país possui um significado especial para ela, por razões musicais e sentimentais. Aos 28 anos, descobriu a existência de seu pai biológico, Maurizio Remmert, que vive há quase 40 anos no Brasil. Além disso, Carla sempre se sentiu atraída pelos ritmos brasileiros, principalmente a bossa nova.

Para uma ilha deserta, diz sem hesitar que levaria canções como “Águas de março”, interpretada por Tom Jobim e Elis Regina, ou “Samba em prelúdio”, de Vinicius de Moraes e Baden Powell. A primeira delas, aliás, na versão francesa de Georges Moustaki (1934-2013), poderá ser uma das surpresas de seus shows no Brasil – ao lado do tecladista Cyril Barbessol e do guitarrista Taofik Farah –, balizados em seu mais recente CD, “Little French Songs” (2013), de 11 títulos intimistas cantados em francês, inglês e italiano.

“Espero preparar algo especial para o público brasileiro. Moustaki fez uma linda versão de “Águas de março”, um belo texto, que adoro. É mais fácil para mim cantar em francês, em português já é mais complicado. Pode ser uma opção”, diz por telefone de Murtoli, no sul da Córsega, onde passa os últimos dias de férias em família.

Carla Bruni – Little French Songs

Em Porto Alegre, dia 24, às 21 horas, no Teatro do Bourbon Country (Bourbon Shopping Country – R. Tulio de Rose, 80), (51) 3375-3700. Ingressos de R$ 160 a R$ 450. Em São Paulo, dia 26, às 21 horas, no Teatro Bradesco (Shopping Bourbon São Paulo – R. Palestra Itália, 500), (11) 3670-4100. Ingressos de R$ 160 a R$ 480.

No Brasil, o pai estará presente na plateia, assim como o marido, que decidiu acompanhá-la na viagem, e que também é, segundo ela, um bom conselheiro em turnês.

“Ele não entra nos detalhes musicais, mas faz observações muito boas sobre o resto, a performance, a ordem das músicas. É um melômano, apaixonado por música. Sua preferência é pela canção francesa. Já eu sou mais aberta a tudo, escuto de The Clash a Chopin. Mais recentemente, tenho curtido muito Christine and The Queens e Stromae, eles possuem um frescor, uma força nova”, diz.

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