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Aos 45 anos, Astrid Fontenelle estava feliz em casa, cuidando das tarefas do dia-a-dia, do marido, Marcelo Chacon, e tentando engravidar. Afastada da TV há dois anos com o fim do "Melhor da tarde" (Band), a apresentadora recebeu nesse período de ócio muitos convites para voltar, mas recusou todos. Agora, a proposta do GNT falou mais alto e ela vai estar no comando do "Happy hour" a partir desta segunda-feira, dia 19, às 19h.

- Não tinha expectativa de voltar à apresentação. Queria um tempo para mim e para o meu casamento. Mas agora estou animadíssima. Não vejo a hora de entrar no ar, sentir aquele frisson de novo - explica Astrid, que nesse tempo desenvolveu uma linha de biquínis com uma amiga e ajudou na produção de "poucos" dos muitos eventos da empresa do marido.

No novo programa - que será ao vivo, de segunda a sexta, e gerado do Rio -, Astrid vai promover muita interatividade com o telespectador, por meio de telefone, email, chat e vídeos caseiros. Todos vão participar da discussão de temas do dia-a-dia ao lado de convidados especiais, como uma revista eletrônica.

- Resolvemos não ter platéia. Hoje em dia, a platéia só serve para enfeitar, bater palma quando mandada. A pegada do "Happy hour" não é essa. Queremos participação ativa - conta ela, que vai ter o auxílio de Fred Lessa no estúdio.

Com 22 anos de carreira, a apresentadora conta que a colega americana Oprah Winfrey é sua referência, mas descarta que a atração do GNT vá se inspirar em seu show, também presente na grade do canal a cabo brasileiro.

- O "Happy hour" não tem o estilo dela, não tem sofá. Em alguns quadros, pode ser até que tenha uma pegada "Oprah". Mas não tenho a pretensão de ser ela, que é uma das mais populares apresentadoras do mundo. Tenho seu trabalho como referência - entrega.

Com o programa, a vontade de Astrid de ter um bebê (sua fertilização "in vitro" não foi bem-sucedida) ficou para terceiro lugar em seu ranking de prioridades. O "Happy hour" vem em primeiro, seguida por "reacariocar-se", já que nasceu no Rio, mas estava radicada há muitos anos em São Paulo.

- Estou me mudando para o Rio para ficar de segunda a sexta. Vou morar num flat na Barra. Adoraria ficar em Ipanema e Leblon, perto da praia, já que nunca morei de frente para o mar. Mas preferi ficar perto do estúdio porque o programa é ao vivo. Nos fins de semana, volto para Sampa.

Depois de passar por Gazeta, bico na Globo (apresentou o Hollywood Rock), a extinta Manchete, MTV, Astrid foi para a Band em 99, mas seu "Programaço" durou apenas seis meses. Depois, ficou horas no ar apresentando o "Melhor da tarde" com Leão Lobo e Aparecida Liberato. Em 2005, o programa foi subitamente retirado do ar.Restou alguma mágoa da Band?

- Quem guarda mágoa tem câncer. Aprendi muito na Band, com o minuto-a-minuto do Ibope. Nem preciso mais olhar para o aparelhinho para saber o que dá audiência - comenta.

Autora do livro de fotografias "Apenas bons amigos", parceria sua com Jorge Espírito Santo (diretor de seu programa no GNT e quem a convidou para voltar ao vídeo), Astrid tem projeto de lançar mais dois livros.

- Já tenho a boneca pronta do "Guia de Carnaval da Bahia", que é a minha segunda casa. Bem pop. O outro projeto é sobre histórias da MTV. Tenho muito material guardado e acho que daria um bom livro contando os bastidores da emissora, da qual fiz parte por nove anos. Acho que valeria lançar este em 2008, nos 18 anos do canal. Queria ter lançado também um livro de receitas na época do "Pé na cozinha".

Voltou com tudo a carioca, não?

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