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Grupo paulista apresentou três coreografias | Nilson Bastian/ Divulgação
Grupo paulista apresentou três coreografias| Foto: Nilson Bastian/ Divulgação

Na metade do Festival de Dança de Joinville – o evento segue até o dia 2 de agosto – as mostras competitivas fazem uma pausa para dar lugar à noite de Gala, que tradicionalmente traz uma companhia consagrada. Esse ano foi a vez do Balé da Cidade de São Paulo, cuja diretora artística Iracity Cardoso foi homenageada pela organização do evento. A companhia de quase 45 anos trouxe espetáculos bem diversos, mas todos com maturidade artística de bailarinos e coreógrafos.

No palco do Centreventos Cau Hansen, o grupo mostrou três coreografias: Uneven, de Cayetano Soto; BandOneón, de Luiz Arrieta; e Cantata, de Mauro Bigonzetti.

Em Uneven (Desigual), a proposta é explorar a sensação de desequilíbrio, de se estar fora do eixo. A atmosfera escura contribuiu para a aura de instabilidade. Os movimentos objetivos, e ao mesmo tempo plásticos, também transmitem inconstância. A trilha sonora contou com violoncelo ao vivo, o que também ajudou na dramaticidade dos movimentos.

BandOneón é apresentada por um elenco composto somente por homens. A coreografia de Luis Arrieta é inspirada nas sensações pessoais do próprio coreógrafo. Com música de Astor Piazolla, a montagem é fluida e bem-humorada, costurada, enfim, com a trilha.

Em intensidade crescente de uma coreografia para a outra, o espetáculo do Balé da Cidade de São Paulo encerrou com a coreografia Cantata, que se propõe a homenagear a cultura italiana e a tradição musical. As cenas têm um clima festivo e ao mesmo tempo de duelo. Bigonzetti conseguiu imprimir a sensação de espontaneidade das danças populares à movimentação da dança contemporânea em uma mescla que resulta vibrante e intensa.

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