Se antigamente ser mocinho era o que contava, hoje os papéis de vilões são disputados pelos atores. Mas os pedidos do público e as mãos dos autores têm razões que a própria razão desconhece, pelo menos na carreira de Carol Castro.
Até agora, nas três novelas que tem no currículo, a atriz começou como vilã e chegou ao fim com a redenção. Foi assim como a Gracinha de "Mulheres apaixonadas", a Maria Angélica de "Senhora do destino" e a Mercedita de "Bang bang".
- Não sei o que acontece, mas as pessoas acabam torcendo por mim em cena, e as personagens, no fim, terminam boazinhas, apesar de terem aprontado muito ao longo da novela - conta a atriz, de 22 anos.
Mas esse carma está com os dias contados no próximo trabalho da atriz, o remake "O profeta", que estréia em outubro no horário das seis. Na trama de Ivani Ribeiro, Carol viverá a vilã Ruth, que tentará separar a mocinha, Sônia (Paola Oliveira), do protagonista, Marcos (Thiago Fragoso).
E, como a novela já está escrita - a supervisão do texto será de Walcyr Carrasco -, dificilmente ela terá o caráter modificado.
- Agora, finalmente, vou poder soltar os bichos - comemora Carol.
Mas ser vilã não intimida a atriz, apesar de saber que alguns personagens do mal nos últimos tempos viraram referência nas tramas, como a Nazaré (Renata Sorrah) de "Senhora do destino", a Cristina (Flávia Alessandra) de "Alma gêmea" e a Bia Falcão (Fernanda Montenegro) de "Belíssima".
- Considero todas ótimas, mas não quero me inspirar em ninguém. Quero fazer minha própria vilã - afirma a atriz.
Em "O profeta", a maquiavélica Ruth só vai pôr as manguinhas de fora aos poucos, e suas atitudes só pioram ao longo do tempo:
- Ela é dissimulada, e não será uma vilã de cara. Isso é muito legal.