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A China criticou o ator Christian Bale, astro de "Batman", nesta quarta-feira (21) por "criar notícia", depois de ter sido tratado com agressividade por seguranças ao tentar visitar um ativista cego, cuja detenção tem sido motivo de indignação no país e no exterior.

Bale e a equipe da CNN foram empurrados por homens à paisana na vila de Dongshigu, na província de Shangdong, no leste da China, onde o ativista Chen Guangcheng está em prisão domiciliar há 15 meses.

Bale estava na China para a estreia de seu último filme, "The Flowers of War", do diretor chinês Zhang Yimou, um drama sobre o Massacre de Nanquim, em 1937. que é o candidato chinês ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira.

Ao ser perguntado se a China havia ficado constrangida com as ações de Bale, dada a esperança de vencer um Oscar, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Liu Weimin, respondeu que o ator é quem deveria estar envergonhado.

"Se alguém deveria estar envergonhado é o ator em questão, não a China", disse Liu em coletiva de imprensa, na primeira reação do país às atitudes de Bale.

"Pelo que eu sei, o ator foi convidado pelo diretor Zhang Yimou para comparecer à estreia do filme. Ele não foi convidado à cidade de Shandong para criar notícias ou fazer um filme", acrescentou.

"Se ele quiser criar notícias, acho que não seria bem-vindo à China.

"Flowers of War" foi exibido para um público entusiasmado no país, e arrecadou mais de 200 milhões de iuanes (31,5 milhões de dólares) nas bilheterias desde que estreou na semana passada.

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